Tesis
Avaliação da expressão proteica do CA 15.3 na saliva e no sangue de pacientes com câncer de mama e correlação com os dados clínicos e histológicos
Fecha
2018-04-24Registro en:
MASCARENHAS, Elisa Cançado Porto. Avaliação da expressão proteica do CA 15.3 na saliva e no sangue de pacientes com câncer de mama e correlação com os dados clínicos e histológicos. 2017. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Mascarenhas, Elisa Cançado Porto
Institución
Resumen
O câncer de mama é a segunda neoplasia mais diagnosticada no mundo, sendo a principal causa de morte relacionada ao câncer entre as mulheres. Sua detecção precoce oferece a promessa de um tratamento menos agressivo e aumento na sobrevida. Nesse cenário, surgem os estudos com biomarcadores, sendo a saliva cada vez mais reconhecida como um excelente veículo diagnóstico, uma vez que pode ser coletada de forma simples e não invasiva. Nesse contexto, esse trabalho propõe-se a avaliar a expressão proteica do CA 15.3 na saliva e no sangue de pacientes com câncer de mama e de controles saudáveis. Assim, avaliou-se as concentrações séricas de CA 15.3 pelo ensaio de eletroquimioluminescência, quanto as concentrações salivares de CA 15.3 por ensaios de quimioluminescência e ELISA. O trabalho também correlacionou os níveis de CA 15.3 séricos e salivares com o estadiamento e com o perfil molecular do câncer de mama. A validação diagnóstica foi realizada, determinando sua sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia. Os resultados mostraram que as concentrações séricas e salivares de CA 15.3 não foram capazes de discriminar pacientes saudáveis de pacientes portadoras de câncer de mama. A associação entre os níveis séricos e salivares do CA 15.3 com o perfil molecular e com estadiamento foi negativa. Ainda, o desempenho do método de ELISA para quantificação do CA 15.3 salivar foi superior quanto à sensibilidade, VPP, VPN e acurácia comparativamente ao método de quimioluminescência. Porém, a quimioluminescência das amostras de saliva mostrou melhor desempenho quanto à especificidade em comparação ao método ELISA. Não foi observada correlação entre os níveis séricos e salivares de CA 15.3. Esse estudo confirmou a presença do CA 15.3 na saliva, podendo a mesma ser usada em estudos futuros com esse propósito. No entanto, não foi possível comprovar a utilização do biomarcador CA 15.3 na saliva para finalidade diagnóstica. Futuras investigações devem incluir maior número de pacientes e ampliação dos ensaios e biomarcadores para responder a essa pergunta, bem como, sua utilização para fins prognósticos e monitoramento de tratamento deve ser avaliada em estudos longitudinais.