Tesis
Efeito da Fibrina Leucoplaquetária Autóloga (FLA) na reparação de lesões cutâneas crônicas : estudo piloto
Fecha
2022-09-02Registro en:
LOPES, Fátima Cristina Alves Sicca. Efeito da Fibrina Leucoplaquetária Autóloga (FLA) na reparação de lesões cutâneas crônicas: estudo piloto. 2022. 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Autor
Lopes, Fátima Cristina Alves Sicca
Institución
Resumen
Introdução: O tratamento de lesões crônicas acarreta elevados custos aos sistemas de saúde, como também reduz a qualidade de vida das pessoas por elas acometidas. Visando a melhoria no tratamento de lesões crônicas é possível que o uso da FLA proporcione resposta clínica favorável, com maior precocidade no reparo tecidual, uma vez que os concentrados plaquetários autólogos podem potencializar a estimulação do processo fisiológico da cicatrização e auxiliar na regeneração de diversos tecidos. Objetivo: Avaliar o efeito da aplicação tópica semanal da fibrina leucoplaquetária autóloga no processo de reparação de lesões crônicas. Metodologia: Trata-se de um estudo clínico experimental, controlado, randomizado, descritivo, comparativo e sem cegamento, realizado no Serviço Ambulatorial de Enfermagem em Estomaterapia (SAEE) do Hospital Universitário de Brasília, UnB – DF. O estudo foi composto por dois grupos, sendo eles: o grupo Controle (n=15) e o grupo Intervenção / FLA (n=15). Os parâmetros qualitativos e quantitativos das lesões de ambos os grupos eram obtidos pelo mesmo observador, uma vez por semana e ao longo de três meses. Nas análises qualitativas foram considerados os tecidos expostos (superficiais e/ou profundos), sua mensuração (área, perímetro e borda das lesões), as características macroscópicas das lesões e a evolução do desfecho (cura das lesões). Resultados: A análise dos dados mostrou que: 1) houve predomínio de
mulheres em ambos os grupos, controle e FLA; 2) não houve diferenças entre os grupos quanto à faixa etária, índice de massa corporal, total de lesões, etiologia das lesões e presença de comorbidades; 3) o tratamento convencional ou FLA, bem como o tempo de tratamento não afetaram as características macroscópicas das lesões relativas à presença e intensidade da dor, odor, borda das lesões, área perilesão, exsudato; 4) o tratamento com a FLA aumentou o percentual de epitelização das lesões com 4, 8 ou 12 semanas de tratamento e com 8 semanas para o grupo controle; 5) o tratamento convencional não afetou o tecido de granulação, enquanto que no grupo tratado com a FLA houve maior percentual de tecido de granulação com 12 semanas; 6) não houve diferença na área das lesões para os indivíduos do grupo tratado convencionalmente, enquanto que para o grupo tratado com a FLA houve redução na área das lesões decorridos 4 ou 8 semanas do tratamento; 7) a FLA aumentou o percentual de indivíduos que tiveram redução na área das lesões, mas não alterou o tempo para o fechamento das lesões/cura até 12 semanas de tratamento. Conclusão: O conjunto dos resultados indicou que a fibrina leucoplaquetária autóloga favorece o processo de cicatrização/reparação de lesões crônicas vasculares antecipando a cura. Por se tratar de um tratamento de baixo custo e de performance potencialmente superior aos tratamentos convencionais, pode diminuir o quadro álgico dos indivíduos tratados com consequente melhoria na qualidade de vida desses pacientes.