Tesis
O desenvolvimento subjetivo na infância : histórias, invencionices e peraltagens
Fecha
2019-11-08Registro en:
SILVA, Kátia Oliveira da. O desenvolvimento subjetivo na infância: histórias, invencionices e peraltagens. 2019. 171 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Silva, Kátia Oliveira da
Institución
Resumen
A presente pesquisa tem como objetivo central compreender como a vivência pedagógica de contação de histórias e os processos imaginativos infantis participam do desenvolvimento subjetivo de crianças em idade escolar. E em suas especificidades buscamos: a) compreender o encontro imaginativo entre o contador, as crianças e a história no processo de contação de histórias; b) compreender os sentidos subjetivos produzidos no contexto de contação de histórias e c) identificar, nas produções das crianças, as criações imaginárias e os recursos subjetivos que potencializaram desenvolvimento subjetivo. Para tanto, faremos uso da perspectiva histórico-cultural proposta por Vigotski (2001, 2003, 1998, 1999 e 2009) em suas contribuições sobre arte, imaginação e emoção. Dialogando com esta teoria trazemos a perspectiva cultural-histórica da subjetividade em González Rey (2003, 2017) que avança com a discussão sobre as configurações subjetivas do desenvolvimento humano. Desta forma buscaremos evidenciar que a imaginação está na base do processo da produção de sentidos subjetivos que por sua vez possibilita o desenvolvimento subjetivo na infância. O aporte metodológico ancora-se na Epistemologia Qualitativa de González Rey (2003, 2005, 2017) e no desdobramento da metodologia construtivo-interpretativa, que apresenta como princípios basilares o caráter dialógico e o singular como instância do conhecimento. A pesquisa foi desenvolvida numa instituição pública de ensino do Distrito Federal que atende as séries iniciais do Ensino Fundamental, especificamente numa turma de 1° ano. Ao longo da pesquisa fizemos uso dos seguintes instrumentos: contação de histórias, rodas de conversas, reconto oral com apoio de objetos, brincadeiras, narração gráfica, histórias inventadas, caixa de imagens, trilha, observação participante e dinâmica conversacional informal. A construção interpretativa evidenciou a compreensão da imaginação como processo subjetivo; a movimentação da imaginação das crianças como forma de encontrar alternativas para o enfrentamento das experiências vividas e a vivência pedagógica de contação de histórias como potencializadora para as criações imaginárias e para o desenvolvimento subjetivo na infância.