| dc.description.abstract | Considerando que tanto a disciplina de Relações Internacionais quanto o internacional marginalizam as mulheres, em especial as mulheres que são mães, a pesquisa é guiada por dois questionamentos: como a atuação das mulheres dos Clubes de Mães da Zona Sul paulistana impõe desafios ao feminismo transnacional? Como a atuação destas mães desvela os limites do internacional? A partir disto, o principal objetivo desta pesquisa é analisar como a atuação dos Clubes de Mães da Zona Sul de São Paulo revela os limites do ativismo feminista transnacional ao configurar uma formação grupal de mães que militam em prol do atendimento de suas demandas, sejam essas reivindicações quais forem. Pretendo também investigar como a desvinculação das questões da maternidade do feminismo transnacional também é plasmada no internacional, onde é igualmente relegado as mães um lugar marginal. Já no que diz respeito aos objetivos específicos, nesta pesquisa buscarei compreender a formação dos Clubes; investigar as demandas e as vivências destas mulheres e entender como se deu a operacionalização da maternagem em suas lutas políticas. Também como objetivo específico investigar as formas como o internacional empurra as mães para as margens, seja em suas discussões teóricas na disciplina de RI, seja no próprio etéreo ser que permeia as relações cotidianas entre pessoas, países e organizações. A base teórica adotada nesta pesquisa é a do feminismo matricêntrico, que tem como foco principal as mulheres mães e considera assuntos relativos tanto a maternidade quanto a maternagem. A utilização da ideia de maternagem ocorre, principalmente, devido ao seu caráter potencialmente empoderador para as mulheres em contrapartida a maternidade praticada com base nas definições patriarcais. Partindo do pressuposto de que o estudo de caso é o que dará as bases da minha perspectiva epistemológica, usarei a análise de discurso, a análise documental e entrevistas como as principais técnicas metodológicas nesta pesquisa. | |
