dc.description.abstract | As mulheres da terra – que vivem da terra e fazem a terra viver, que têm intensos sentimentos e ações de cuidado
pela terra, o território e suas riquezas naturais – sendo elas mulheres dos campos, das florestas ou urbanas,
possuem diversidades de relações e conexões com a terra, através do cultivo, da alimentação, da saúde, da
espiritualidade, dos conflitos por território, etc. Este trabalho apresentará um panorama antropológico
interseccional (englobando aspectos de gênero, raça e classe social) através da análise crítica de materiais
bibliográficos, audiovisuais e entrevistas qualitativas realizadas durante a pandemia de COVID-19 de maneira
virtual, sobre as pluralidades de agrosabedorias femininas individuais, coletivas ou ancestrais, e sobre as ações de
enfrentamento e resistência às violências a que estão expostas através de construções e desconstruções coletivas
em movimentos sociais e organizações e da busca cotidiana por uma vida mais ‘sana’ buscando autonomia e
soberania para seus corpos-territórios em conexão com a Pachamama, conformando assim a metodologia de
etnografia multissituada. O intuito deste trabalho é realçar as vozes das 12 mulheres entrevistadas que
compartilham suas sabedorias e analisar como suas perspectivas pessoais se alinham com as diretrizes dos
movimentos sociais mais representativos em seus países, propondo também alternativas de vida mais autônomas e
ecológicas para curar as mulheres e a terra em Abya Yala. | |