bachelorThesis
Pode o subalterno falar nas relações internacionais? Considerações sobre a atuação da sociedade civil (global)
Fecha
2019-12-03Registro en:
ROSA, Maria Eduarda Canção. Pode o subalterno falar nas relações internacionais? Considerações sobre a atuação da sociedade civil (global). 2019. 65 p. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais e Integração) – Universidade
Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2019
Autor
Rosa, Maria Eduarda Cação
Resumen
O presente trabalho tem como objeto central de estudo as relações internacionais e a situação
de subalternidade, com intuito de problematizar e indicar caminhos para a diminuição desta
condição desigual com base na atuação da sociedade civil - tanto em sua face nacional, quanto
em sua inserção pós-nacional. A pesquisa se preocupa em trazer luz à problemática dos baixos
níveis de democratização existentes na política internacional, especialmente quando se trata do
grau de atuação em processos decisórios. É realizada uma reflexão crítica sobre o status das
relações internacionais e sobre a situação de distribuição de poder a partir da perspectiva dos
Estudos Subalternos e do pós-colonialismo. Assim, a pergunta que se posiciona como problema
a ser respondido ao longo da monografia é: pode o subalterno falar nas relações internacionais?
É levantada a hipótese de que a sociedade civil pode não só diminuir o processo de
subalternização de determinados grupos nas relações internacionais como pode também
potencializar sua atuação na esfera internacional. O trabalho avança em uma investigação
dividida em duas seções: na primeira, demonstra-se a desigualdade estrutural através de uma
análise da situação desfavorável do Terceiro Mundo no sistema internacional devido a definição
de um padrão etnocentrista específico; na segunda e última seção, após uma crítica ao caráter
estadocêntrico das relações internacionais, a sociedade civil é introduzida como potencial
solução para o enfrentamento da subalternidade no ambiente internacional. Como forma de
oferecer base à hipótese de que a sociedade civil pode dar voz à perspectiva dos subalternos,
são apresentados dois casos em que a sociedade civil atua como promotora de temas e grupos
subalternizados: o movimento antiELAB em Hong Kong e o caso da Campanha Internacional
para o Banimento de Minas Terrestres. Como resultado, verificou-se a veracidade da hipótese
formulada – a sociedade civil é um instrumento bastante útil na luta contra as formas de
subalternidade na política internacional, podendo contribuir com o abrandamento do fenômeno
de subalternização sob certas circunstâncias e determinados limites. The present work has as its central object of study the international relations and the subalternity
status, with the intent of discussing and pointing ways to decrease this unequal situation through
civil society action - be it in its domestic capacity or in its post national one. This research looks
brings attention to the problem of the low levels of democratization that exists in international
politics, especially when thinking about decision-making processes. A critical reflection is made
about the status of international relations and about its situations of power distribution following
the perspective of Subaltern Studies and postcolonialism. In this sense, the paper focuses on the
answer to the following question: can the subaltern speak in the international relations? The
hypothesis initially formulated is that civil society not only can decrease the process of
subalternization but also can enhance its power of action in the international sphere. The work
advances an investigation divided into two sections: in the first, it’s demonstrated how
inequality works in international relations structure through an analysis of the Third World
situation; in the second and last section, after a critique on the state-centric nature of the
international relations, civil society is introduced as a solution for the subalternity of some
groups in international relations. As a way to support the hypothesis that civil society can give
voice to the subaltern, two cases where civil society has been successful in promoting subaltern
groups and topics are presented: the antiELAB movement in Hong Kong and The International
Campaign to Ban Landmines (ICBL). As a result, the veracity of the hypothesis was verified -
civil society can be a very useful tool in the fight against subalternity in the international
relations, contributing to the slowdown of the subalternization phenomenon under certain
circumstances and within certain limits El presente trabajo tiene como objeto central de estudio las relaciones internacionales y la
situación de subalternidad, con el intuito de problematizar y apontar caminos para la
disminución de esta condición desigual con base en la actuación de la sociedad civil - sea en
sua face nacional o en sua capacidad posnacional. La investigación busca traer luz a los bajos
niveles de democratización existentes en la política internacional, especialmente cuando se trata
de los niveles de actuación en los procesos de toma de decisiones. Se realiza una reflexión
crítica del status de las relaciones internacionales y de la situación de distribución de poder que
hay en esta esfera a partir de la perspectiva de los Estudios Subalternos y del poscolonialismo.
Así, la pregunta que se posiciona como el problema a ser respondido en esta monografía es:
¿puede hablar el subalterno en las relaciones internacionales? Se levanta la hipótesis de que la
sociedad civil puede no solo disminuir el proceso de subalternización de determinados grupos
en las relaciones internacionales como puede también potencializar su actuación en la esfera
internacional. El trabajo avanza en una investigación dividida en dos partes: en la primera, se
demuestra la desigualdad estructural de las relaciones internacionales por medio de un análisis
de la situación desfavorable del Tercer Mundo en el sistema internacional debido la definición
de un padrón etnocentrista específico; en la segunda e última parte, después de una crítica a el
carácter estadocêntrico de las relaciones internacionales, la sociedad civil es introducida como
la solución para la subalternidad de los individuos. A fin de sustentar la hipótesis de que la
sociedad civil puede dar voz al subalterno, son presentados dos casos en que la sociedad civil
actúa como promotora de temas y grupos subalternos: el movimiento antiELAB en Hong Kong
y el caso de la Campaña Internacional para la Prohibición de las Minas Antipersona. Como
resultado, se verificó la veracidad de la hipótesis formulada - la sociedad civil un instrumento
bastante útil en la lucha contra la subalternidad en las relaciones internacionales, contribuyendo
con el retrocesso del fenómeno de la subalternización bajo ciertas circunstancias y hasta
determinados limites