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Narrativa espaço-temporal de macacos endêmicos (primates: Platyrrhini) da Região Neotropical
Fecha
2019Registro en:
ISBN: 978-65-80943-05-0
Autor
Verzotto, Ágatha Kohmoto
Löwenberg-Neto, Peter
Resumen
O ancestral Platyrrhini (Primates) chegou na região Amazônica durante o Oligoceno e,
desde então, a linhagem se divergiu em 3 famílias e 21 gêneros. Hoje, espécies estão
distribuídas na Amazônia, Floresta Atlântica e nas áreas de Caatinga, Cerrado e Chaco.
Neste trabalho nós quantificamos espacial e temporalmente os eventos de dispersão
durantes os eventos de diversificação do clado Platyrrhini. Adotamos o esquema de
regionalização baseado nas zonas interfluviais. Dados geográficos e filogenéticos de 65
espécies foram adaptados a um modelo de dispersão-extinção-cladogênese. Baseado nas
inferências do modelo, qualificamos a direção dos eventos de dispersão, em números
absolutos e relativos, ao longo do tempo. O modelo DEC inferiu 87 eventos de dispersão,
70,1% dos eventos ocorreu entre áreas dentro da Amazônia. A Amazônia foi a principal
área fonte de linhagens e as regiões da diagonal seca e o sul da Floresta Atlântica servindo
de dreno. Dispersões interbiomas tiveram maior frequência entre a Amazônia Central,
Cerrado/Caatinga e norte da Floresta Atlântica. Os gráficos de dispersão ao longo do tempo
mostram um pico de eventos durante o Oligoceno-Mioceno (~24 Ma), seguida de uma
tendência decrescente até os dias de hoje. Dispersões da Amazônia para a Floresta
Atlântica começou durante o Mioceno (15 Ma) até o Pleistoceno e apresenta uma
congruência temporal com o intercâmbio de mamíferos pela rota SE-NW (sudeste-
noroeste). A narrativa histórica dos Platyrrhini é marcada pela alta frequência de eventos
de dispersão entre a região Amazônica durante o Oligoceno-Mioceno, quando eventos
geológicos severos ocorriam, e diminuindo a frequência dos eventos desde o Mioceno até
o presente