bachelorThesis
Racialização da Paisagem Urbana em Curitiba: Disputas Pelo Reconhecimento da Presença das Populações Negras na Produção Material da Cidade
Fecha
2017-12-14Registro en:
SILVA, Pedro Lucas Gil. Racialização da Paisagem Urbana em Curitiba: Reverberações do
Projeto Civilizatório Europeu na Era do City Marketing. 2017. 125 páginas. Trabalho de Conclusão
de Curso de Geografia – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu,
2017
Autor
Silva, Pedro Lucas Gil
Resumen
A presente pesquisa busca analisar a formação socioespacial de Curitiba, partindo de um breve
histórico de seu desenvolvimento e apontando os elementos que compõem a identidade difundida
desde instituições ligadas à elite política secular que orienta a produção do espaço urbano. Desde os
primórdios da cidade, até os dias atuais, tais processos são marcados pela primazia do planejamento
estratégico, que visa criar uma ambientação na paisagem urbana, de modo a inseri-la no mercado
global do turismo. Para isso, parte do imaginário alimentado por políticos e intelectuais, frutos de
uma continuidade na administração pública que remonta ao período colonial, é utilizado de forma a
estabelecer uma identidade balizada por um forte discurso étnico restrito que reconhece
majoritariamente o papel dos imigrantes europeus na conformação de Curitiba, tentando apagar
deliberadamente as influências dos negros, sobretudo. Frente a isso, realizamos um trabalho de
campo que percorreu o trajeto da Linha Preta, iniciativa do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da
Universidade Federal do Paraná, que busca apontar os elementos presentes na paisagem da cidade
que remontam às influências não-europeias. Comparamos então os dados obtidos em campo com os
do levantamento bibliográfico sobre os discursos que compõem a identidade curitibana,
estabelecida por instituições como o Movimento Paranista e a própria prefeitura, partindo do
pressuposto que o escamoteamento da importância de determinados grupos sociais no
desenvolvimento sociospacial está diretamente ligado ao imaginário nacional com relação às
relações étnico-raciais. La presente investigación busca analizar la formación socioespacial de Curitiba, partiendo de un
breve histórico de su desarrollo y apuntando a los elementos que componen la identidad difundida
desde instituciones ligadas a la elite política secular que orienta la producción del espacio urbano.
Desde los primordios de la ciudad, hasta los días actuales, tales procesos son marcados por la
primacía de una planificación estratégica, que pretende crear una ambientación en el paisaje urbano,
para insertarla en el mercado global del turismo. Para eso, parte del imaginario alimentado por
políticos e intelectuales, fruto de una continuidad en la administración pública que se remonta al
período colonial, és utilizado para establecer una identidad balizada por un fuerte discurso étnico
restringido que reconoce mayoritariamente el papel de los inmigrantes europeos en la conformación
de Curitiba, tratando de apagar deliberadamente las influencias de los negros, sobre todo. Frente a
ello, realizamos un trabajo de campo que recorrió el trayecto de la Línea Preta, iniciativa del Núcleo
de Estudios Afro-Brasileños de la Universidad Federal de Paraná, que busca apuntar los elementos
presentes en el paisaje de la ciudad que se remontan a las influencias no europeas. Comparamos
entonces los datos obtenidos en campo con los del levantamiento bibliográfico sobre los discursos
que componen la identidad curitibana, establecida por instituciones como el Movimiento Paranista
y la propia alcaldía, partiendo del supuesto que el escamoteamiento de la importancia de
determinados grupos sociales en el desarrollo sociopacial está directamente ligado al imaginario
nacional con relación a las relaciones étnico-raciales.