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A tradução de relatos bruxólicos: uma aproximação entre línguas e culturas
Fecha
2016-08Autor
Oyarzaba, Myrian Vasques
Resumen
Nesta comunicação propomos reflexões acerca dos desafios culturais tradutórios encontrados
durante a tradução de relatos bruxólicos recolhidos na Espanha pelo historiador, antropólogo e
folclorista Juan Larrañaga, em 1990, e publicado no livro Apariciones, brujas y gentiles: mitos y
leyendas de los vascos (edição de 2007). Para isso, partimos do princípio que refletir a atividade
tradutória é relevante ao processo tradutório e para o próprio tradutor enquanto profissional, visto
que, conforme Berman (2002), a tradução não consiste apenas em uma tarefa puramente artística,
ela supõe um conhecimento extenso de todo espaço diacrônico e sincrônico da língua de chegada.
Apoiamonos também em Arrojo (2002) que identifica o tradutor em seu contexto cultural,
ideológico e político e que não pode ser ignorado na atividade tradutória. Comentamos as escolhas
tradutórias realizadas nos relatos selecionados da obra espanhola e que foram pautadas na obra O
fantástico na Ilha de Santa Catarina (2002) do também folclorista Franklin Cascaes, que no
decorrer de sua vida expressou de maneira artística estudos sobre a cultura açoriana em
Florianópolis e no Brasil realizou um trabalho similar ao de Larrañaga ao registrar a presença de
mulheres bruxas em Florianópolis