| dc.description.abstract | Um misterioso surto de pneumonia atípica surgiu no final de 2019 em Wuhan, na China. Em poucas semanas, um novo coronavírus chamado de SARS-CoV-2 foi anunciado pela Organização Mundial da Saúde. Neste trabalho foi realizado um
estudo retrospectivo de carga viral absoluta em amostras clínicas de 188 pacientes com COVID-19 confirmada laboratorialmente por qRT-PCR de julho a novembro de 2021, no Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.
O estudo teve como objetivo geral avaliar se a carga viral absoluta de SARS-CoV-2, identificada pela técnica de transcrição reversa, seguida pela reação da polimerase em cadeia (qRT-PCR) em amostras nasofaríngeas, tem relação com os sintomas e o desfecho clínico de pacientes infectados, conforme a gravidade da doença. Os
resultados apontaram que o valor médio da carga viral foi 4,84 Log10 e que a carga viral alta está significativamente associada ao maior risco de óbito quando considerado os casos de internamento. Entretanto, a relação da carga viral não foi
significativa quanto à gravidade dos sintomas. Considerando estes resultados, a carga viral de SARS-CoV-2, medida através do valor absoluto na admissão, pode ser uma ferramenta valiosa para prever a taxa de mortalidade em pacientes graves
internados com COVID-19 e a ampliação dos estudos desta ordem poderá confirmar a sua utilização como ferramenta prognóstica no manejo clínico de pacientes graves, infectados pelo SARS-CoV-2, com risco de óbito. | |
