dc.contributorOrientação
dc.creatorMalheiros, Mariana Rocha
dc.date.accessioned2022-05-03T16:27:33Z
dc.date.accessioned2022-10-04T11:53:39Z
dc.date.available2022-05-03T16:27:33Z
dc.date.available2022-10-04T11:53:39Z
dc.date.created2022-05-03T16:27:33Z
dc.date.issued2021
dc.identifierhttp://dspace.unila.edu.br/123456789/6587
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3838969
dc.description.abstractA partir da promulgação da Constituição de 2009 que estabelecia o Estado Plurinacional e o “Vivir Bien” como um princípio basilar, a Bolívia ampliou um processo de acesso dos povos indígenas aos espaços de poder, bem como, efetivou direitos sociais que promoveram a dignidade e qualidade de vida à sua população, em um “proceso de cambio” entendido como um caminho para a descolonização do Estado. Por outro lado, as mulheres, especialmente as indígenas que participaram deste processo, reivindicavam pautas específicas também com a Plurinacionalidade e o “Vivir Bien”, tendo como marco a despatriarcalização do Estado e da sociedade, sendo “Mujeres Creando” e o Feminismo Comunitário de “Abya Yala” movimentos com vozes ativas nestas categorias que se organizam dentro da práxis dos movimentos de mulheres na Bolívia. Partindo destas perspectivas, o problema de pesquisa que se pretende responder nesta pesquisa é: o Estado Plurinacional voltado à construção do “Vivir Bien” dialogou com os movimentos de mulheres, escutando e efetivando suas reivindicações para promoção de uma Bolívia que objetivava a descolonização e despatriarcalização de suas estruturas? Assim, o principal objetivo deste trabalho é analisar a recepção do Estado Boliviano às lutas e reivindicações trazidas pelas mulheres à Plurinacionalidade e ao “Vivir Bien”, estabelecendo as relações construídas por “Mujeres Creando” e pelo Feminismo Comunitário de “Abya Yala” para descolonização e despatriarcalização da Bolívia. Para alcançar o objetivo proposto, a pesquisa se subdividiu em três objetivos específicos: primeiro, caracterizar “Mujeres Creando” e o Feminismo Comunitário de “Abya Yala” como feminismos contrahegemônicos, de resistência das mulheres racializadas, no Sul Global e na Bolívia; segundo, estabelecer relações entre “Mujeres Creando”, o Feminismo Comunitário de “Abya Yala” e o processo histórico marcado por grandes conflitos que culminaram com a promulgação do Estado Plurinacional, distinguindo as construções sobre descolonização e despatriarcalização nos movimentos de mulheres para refletir sobre a importância da Plurinacionalidade aos povos indígenas na Bolívia; terceiro, elaborar as perspectivas sobre o “Vivir Bien” às mulheres na Bolívia dentro do Feminismo Comunitário, apontando os desafios para sua efetivação, bem como, as visões que as militantes de “Mujeres Creando” e do Feminismo Comunitário de “Abya Yala” apresentam para organização e resistência frente o racismo, colonialismo, capitalismo e patriarcado que impactam o Estado Boliviano. Trata-se de pesquisa qualitativa, através do método indutivo em diálogo com a interculturalidade crítica, elaborada com análise documental de legislação, planos de governo e dados de institutos de pesquisa, bem como a análise crítica do discurso, utilizando como fonte textos e manifestos de “Mujeres Creando” e do Feminismo Comunitário de “Abya Yala”. Ocorreram avanços importantes às mulheres na Bolívia, contudo, elas entendem que para as lutas das mulheres a Plurinacionalidade e o “Vivir Bien” devem ser estratégias e meios políticos à descolonização e despatriarcalização da Bolívia, sem perder de vista o horizonte da igualdade na diferença e a necessidade de reinvenção permanente e espiral de suas histórias.
dc.languagepor
dc.rightsopenAccess
dc.subjectDescolonização
dc.subjectDespatriarcalização
dc.subjectPlurinacionalidade
dc.subjectFeminismo
dc.titlePerspectivas Descolonizadoras e Despatriarcalizadoras à Plurinacionalidade e ao "Vivir Bien" na Bolívia: uma Análise Feminista Contra-Hegemônica
dc.typemasterThesis


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