| dc.description.abstract | O presente estudo é estruturado em um marco teórico decolonial, com ênfase na colonialidade da natureza e dos recursos naturais, bem como na articulação entre essa e outras formas de colonialidade para o desenvolvimento (rural) em Abya Yala. A partir disso, os conceitos de desenho, eurocentrismo, racismo ambiental institucional e simplificação serão fundamentais para a análise proposta. Através de uma revisão bibliográfica, evidenciamos, primeiro, como a natureza foi apropriada por um saber econômico/instrumental eurocêntrico, que vem, desde a invasão, destruindo sistematicamente esses espaços, incluindo os indivíduos. Posteriormente, trazemos os conceitos de ontologia dualista, que é eurocêntrico e típico da lógica desenvolvimentista moderna, e de ontologia relacional. Ambos os conceitos estão relacionados com o de desenho. Aqui, evidenciamos também o racismo ambiental institucional presente na lógica da colonialidade e damos destaque às paisagens rurais construídas a partir desse desenvolvimento eurocêntrico. Por fim, inserimos o conceito de simplificação em face da legibilidade para a ação do Estado moderno/colonial, enfatizando a ideologia do alto modernismo e a articulação dessa simplificação com o desenho dualista e com a mestiçagem enquanto discurso de poder. De modo geral, a nossa proposta é abordar criticamente o desenvolvimento (rural) em Abya Yala, desde uma perspectiva decolonial. | |
