| dc.description.abstract | A destruição dos ambientes naturais está diretamente ligada ao processo de fragmentação, i.e. a divisão do hábitat em fragmentos menores e mais isolados. A fragmentação afeta negativamente os parâmetros físicos e bióticos dos ambientes, afetando a distribuição e abundância das espécies, bem como a morfologia e comportamento dos indivíduos. Pensando em insetos voadores, que dependem do voo para suas atividades, é bastante razoável esperar que mudanças nas estruturas associadas ao voo ocorram em ambientes fragmentados. Deste modo, temos como objetivo avaliar a variação na forma das asas de machos de Eufriesea violacea coletados no Parque Nacional do Iguaçu (PNI) e em pequenos fragmentos florestais do oeste do Paraná, esperando que a circularidade da asa seja maior em indivíduos do parque, além de avaliar se a relação alométrica entre tamanho de corpo e circularidade das asas é diferente nos dois ambientes, esperando uma relação positiva mais forte para os indivíduos coletados no PNI. Não encontramos diferença significativa na circularidade das asas dos indivíduos coletados no PNI e nos fragmentos. No caso, porém, das alometrias, observamos que as inclinações das retas, i.e. o expoente alométrico, eram diferentes nos dois ambientes: encontramos uma relação positiva entre tamanho e circularidade para os indivíduos coletados no PNI e negativa para os indivíduos coletados nos fragmentos. Interpretamos a diferença considerando a seleção de asas mais circulares no PNI, condição associada à manobrabilidade e voos mais controlados em um ambiente estruturalmente mais complexo, enquanto nos fragmentos haveria a seleção de asas mais alongadas, associadas a voos mais longos em um contexto onde os recursos estão mais esparsamente distribuídos. | |
