Artigo de Periódico
Disease presentation of 1312 childhood-onset systemic lupus erythematosus: influence of ethnicity
Fecha
2019Registro en:
10.1007/s10067-019-04631-0
0770-3198
Autor
Fernanda J.fiorot
Lucia T. Campos
Octavio A. Peracchi
Simone Appenzeller
Virgínia P. Ferriani
Marco F. Silva
Adriana R. Fonseca
Flávio R. Sztajnbok
Luciana B. Paim
Melissa M. Fraga
Eunice M. Okuda
Aline G. Islabão
Blanca E. Bica
Evaldo G. Sena
Ana J. Moraes
Ana M. Rolim
Paulo Spelling
Iloite M. Scheibel
André S. Cavalcanti
Erica N. Matos
Teresa C. Robazzi
Luciano J. Guimarães
Rosa M. Pereira
Flávia Patrícia Sena Teixeira Santos
Valeria C. Ramos
Magda Carneiro-sampaio
Eloisa Bonfá
Clovis A. Silva
Maria T. Terreri
Claudia Saad-magalhães
Glaucia V. Novak
Beatriz C. Molinari
Ana P. Sakamoto
Nadia E. Aikawa
Institución
Resumen
Objetivo: Avaliar a influência da etnia na apresentação de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LESc) de início na infância.
Métodos: Este estudo multicêntrico incluiu pacientes com LESc (critérios do American College of Rheumatology) acompanhados em 27 serviços de Reumatologia Pediátrica do Brasil. As etnias foram classificadas em quatro grupos de acordo com a etnia autorreferida dos pais e dos quatro avós. A análise estatística foi realizada pela correção de Bonferroni (p < 0,0027).
Resultados: De acordo com os grupos étnicos, 1.537 pacientes com LESc foram classificados em caucasianos (n = 786), afro-latino-americanos (n = 526), asiáticos (n = 8) e outros/desconhecidos (n = 217). Comparações entre 1.312 afro-latino-americanos e caucasianos revelaram idade mediana semelhante no diagnóstico de LESc [12,2(2,6-18) vs. 12,1(0,3-18) anos, p = 0,234], intervalo de tempo até o diagnóstico [0,25(0-12) vs. 0,3(0-10) anos, p = 0,034], e pontuação SLEDAI-2K [14(0-55) vs. 14(0-63), p = 0,781] em ambos os grupos. O número médio de critérios diagnósticos de acordo com SLICC (6,47 ± 1,911 vs. 5,81 ± 1,631, p < 0,0001) e frequências de erupção lúpica maculopapular (8% vs. 3%, p < 0,0001), úlceras orais do palato (17% vs. 11%, p = 0,001), úlceras orais na língua (4% vs. 1%, p = 0,001) e alopecia não cicatricial (29% vs. 16%, p < 0,0001) foram significativamente maiores em afro-latino-americanos, enquanto malar erupção cutânea (45% vs. 58%, p < 0,0001) foi mais frequente em caucasianos. A presença de anticorpo antifosfolípide (23% vs. 12%, p < 0,0001), baixos níveis de complemento (58% vs. 41%, p < 0,0001) e teste de Coombs direto isolado (10% vs. 5%, p = 0,001) também foi significativamente maior no primeiro grupo.
Conclusões: Nosso estudo demonstrou que a gravidade da apresentação da doença de pacientes afro-latino-americanos com LES é comparável à caucasiana. As manifestações mucocutâneas e o perfil de autoanticorpos foram as únicas características distintivas do primeiro grupo. O histórico misto único de pacientes brasileiros provavelmente minimizou o espectro de diversidade racial desses pacientes. Pontos-chave • Nosso estudo demonstrou que a gravidade da apresentação da doença de pacientes afro-latino-americanos com LES é comparável à de caucasianos. • As manifestações mucocutâneas e o perfil de autoanticorpos foram as únicas características distintivas dos pacientes afro-latino-americanos com LES. • Pacientes afro-latino-americanos com LESc apresentaram mais frequentemente anticorpos antifosfolipídeos e hipocomplementemia. • O histórico misto único de pacientes brasileiros provavelmente minimizou o espectro de diversidade racial desses pacientes.