Tesis
Modelo animal de osteonecrose associada ao uso de bisfosfonato : avaliação por microtomografia em três tempos : inicial, intermediária e final
Fecha
2017-02-27Registro en:
VILARINHO, Josy Lorena Peres da Silva. Modelo animal de osteonecrose associada ao uso de bisfosfonato: avaliação por microtomografia em três tempos: inicial, intermediária e final. 2016. 77 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Vilarinho, Josy Lorena Peres da Silva
Institución
Resumen
O objetivo do presente estudo foi desenvolver um modelo animal de osteonecrose associada ao uso de medicamentos antirreabsortivos ósseos e antiangiogênicos (MRONJ) em ratas Wistar e analisar as alterações ósseas em mandíbula. As alterações ósseas foram analisadas por meio de exame clínico e microtomografia computadorizada (μTC) em três momentos, antes do início do experimento, em T0; logo após as três semanas de medicação (zolendronato ou soro fisiológico) em T1 e antes da exodontia; e seis semanas após a cirurgia, em T2 . Neste estudo, inicialmente 40 ratas Wistar foram avaliadas.. Os animais foram divididos em dois grupos (G1 e G2) com diferença de início do G1 para o G2, de uma semana, tendo seguido o mesmo protocolo, de forma independente. Cada grupo foi subdividido em 2 subgrupos. O grupo 1 foi subdividido em Zolendronato 1 (GZ1) e Controle 1 (GC1), recebendo zolendronato e soro fisiológico, respectivamente, ambos 66 μg/kg, três vezes por semana, durante três semanas; e o Grupo 2: em subgrupo Zolendronato 2 e subgrupo Controle 2 (GC2), receberam zolendronato e soro fisiológico, respectivamente, utilizando o mesmo protocolo de G1. Três semanas após o início da medicação, os ratos foram aleatoriamente selecionados e submetidos à extração do primeiro molar inferior esquerdo. Ao exame clínico, observou-se que nenhum dos animais dos subgrupos controles (GC1 e GC2) desenvolveram a MRONJ. 78% das ratas de GZ1 e GZ2 apresentaram exposição óssea, 22,22% delas tiveram cicatrização clínica completa da região da exodontia, e 28% delas tiveram sequestro ósseo. Após a seleção das regiões de interesse no programa CTan, os seguintes parâmetros ósseos foram medidos na microtomografia computadorizada: densidade mineral óssea (DMO), espessura trabecular (Tb.Th), número trabecular (TB.N), separação trabecular (Tb.Sp.) e dimensão fractal (FD). A média da DMO das ratas do Controle reduziu de T0 para T2. Por outro lado, como esperado, um efeito oposto foi observado no grupo zolendronato, no qual a medida da DMO aumentou. Em relação aos outros parâmetros ósseos, alterações ósseas similares foram observadas entre o grupo controle e o grupo zolendronato. A DF reduziu de T0 a T2. Em ambos os grupos, observou-se também uma redução na espessura trabecular (Tb.Th) e no número trabecular (TB.N) e, consequentemente, o aumento na separação das trabéculas ósseas (Tb.Sp). Os resultados sugerem que o comportamento das alterações ósseas observadas pode estar relacionado à redução dos osteoblastos e osteoclastos. Por conseguinte, ocorre a deterioração do colágeno e da matriz óssea e, posteriormente, a separação das trabéculas aumenta em ambos os grupos.