Tesis
Arcabouço tectônico da porção Centro-Norte da faixa Brasília com base em dados magnéticos e gravimétricos
Fecha
2017-02-16Registro en:
REIS, Luciane Katiuscia Oliveira dos. Arcabouço tectônico da porção Centro-Norte da faixa Brasília com base em dados magnéticos e gravimétricos. 2016. xi, 72 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências Aplicadas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Reis, Luciane Katiuscia Oliveira dos
Institución
Resumen
A Faixa Brasília é a maior e mais complexa unidade da Província Tocantins, sendo um registro importante de episódios de formação do Gondwana Ocidental. Dentro das unidades se desenvolveram empurrões e falhas reversas em escala regional. Estas estruturas são fundamentais no entendimento da evolução de cinturões orogênicos, por marcarem limites dos terrenos e contribuirem para a exumação de rochas de alta pressão e temperatura. Sobre o processo de evolução da Faixa Brasília duas hipóteses principais foram consideradas. A primeira afirma que o Maciço de Goiás era um microcontinente que foi amalgamado à parte oeste do Cráton São Francisco no Neoproterozóico. A segunda hipótese considera que o Maciço de Goiás fazia parte da borda oeste do Paleocontinente São Francisco no início da orogenia Brasiliana e que seu embasamento estaria recoberto por rochas metassedimentares dos grupos Paranoá e Bambuí. Para reforçar uma destas hipóteses, o objetivo deste trabalho é a caracterização das assinaturas geofísicas dos blocos tectônicos, Arco Magmático de Goiás (AMG), Maciço de Goiás (MG) e Zona Externa (ZE), com base em dados de aeromagnetometria e gravimetria de satélite e terrestre, a fim definir regiões de contato entre estas unidades e indicar possíveis zonas de sutura crustal. Para conseguir isto, foram aplicadas técnicas de realce nos dados usados, a fim de facilitar a integração e interpretação dos dados tais como os mapas da Derivada Vertical, de Gradiente Horizontal Total, da Derivada Tilt e da Derivada Tilt do Gradiente Horizontal Total. As estruturas magnéticas apresentam trend NE-SW, que de acordo com matched filter se estendem até, pelo menos, 19 km de profundidade. O matched filter aplicado em sub-janelas para cada bloco indica que no bloco MG as fontes mais profundas (10,2 km) são mais rasas do que os blocos ZE e AMG (12,1 km e 11,9 km, respectivamente). Os mapas de anomalias Bouguer (modelo WGS 2012 e dados terrestres) confirmam o trend regional NE-SW, observado nos dados magnéticos. Ambos ressaltaram nos blocos ZE e MG anomalias de intensidade intermediária e no bloco AMG altos gravimétricos. Os altos gradientes no MG estão associados aos complexos máficos-ultramáficos. Com base nos dados observa-se que a Falha Rio Maranhão não é uma estrutura profunda, indicando que Maciço de Goiás constitui o embasamento do Paleocontinente São Francisco.