Tesis
Conquista-dores e coronistas : as primeiras narrativas sobre o Novo Reino de Granada
Fecha
2017-02-13Registro en:
FIGUEROA CANCINO, Juan David. Conquista-dores e coronistas: as primeiras narrativas sobre o Novo Reino de Granada. 2016. 308 f., il. Tese (Doutorado em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Figueroa Cancino, Juan David
Institución
Resumen
Em 1537 um bando de 179 espanhóis capitaneados por Gonzalo Jiménez de Quesada irrompeu no planalto central da atual Colômbia, habitado pelos indígenas muíscas. Na tese examinamos de que maneira começou a ser imaginada pelos peninsulares essa região – denominada Novo Reino de Granada – nos dois primeiros tipos discursivos com informação circunstanciada sobre a mesma: as relações dos conquista-dores endereçadas ao rei Carlos V, e três obras gerais elaboradas por coronistas do império: a segunda parte da História general y natural de las Indias (pub. 1851) de Gonzalo Fernández de Oviedo; a Brevíssima relación de la destruición de las Indias (pub. 1552) de Bartolomé de las Casas; e La historia de las Indias de Francisco López de Gómara (pub. 1552). Nesse corpus textual sobressaem três representações do Novo Reino: como o pior cenário da “destruição das Índias” narrado por Las Casas; como a rica terra das esmeraldas para Oviedo e Gómara; e como o “terceiro reino” e a “terceira conquista” das possessões espanholas na América, de acordo com Quesada. Sugerimos que esses topoi discursivos tiveram desdobramentos na imaginação patriótica local ao longo do período colonial e republicano, com a identificação dos muíscas como a terceira “civilização” pré-colombiana.