Tesis
Desempenho agronômico e reação de genótipos de maracujazeiro às doenças fúngicas, à bacteriose e à virose do endurecimento do fruto sob condições de campo e casa de vegetação
Fecha
2017-02-09Registro en:
FERREIRA, Clarissa Campos. Desempenho agronômico e reação de genótipos de maracujazeiro às doenças fúngicas, à bacteriose e à virose do endurecimento do fruto sob condições de campo e casa de vegetação. 2016. [228] f., il. Tese (Doutorado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Ferreira, Clarissa Campos
Institución
Resumen
O Brasil é atualmente um dos maiores produtores de maracujá do mundo. Porém a produtividade ainda é considerada baixa quando observado seu potencial. Isso ocorre devido a fatores nutricionais, sistemas de condução inadequados, plantas matrizes de baixa qualidade e alta incidência de pragas e doenças. Dessa forma, o melhoramento genético visa à obtenção de genótipos resistentes as doenças, produtivos e com frutos de qualidade. O objetivo do trabalho foi contribuir com a seleção de genótipos de maracujazeiro azedo resistentes ou tolerantes à virose do endurecimento dos frutos, bacteriose e aos fungos: antracnose, septoriose e verrugose (cladosporiose) avaliados em casa de vegetação e em condições de campo, por meio de índices de severidade e incidência. As plantas mais resistentes às doenças serão utilizadas em pesquisas posteriores dentro do programa de melhoramento genético desenvolvido pela UnB em parceria com a Embrapa Cerrados. Os genótipos que se destacaram com maior produtividade total estimada e também maior número total de frutos foram MAR 20#41, MAR 20#41 pl 1, Gigante amarelo pl 1, MAR 20#39, EC3-0 e MAR 20#19 roxo. Todos os genótipos foram classificados como moderadamente susceptíveis às doenças antracnose e septoriose, sob condições de campo, sem o uso de controle fitossanitário. Todos os genótipos foram classificados como moderadamente susceptíveis à verrugose em campo. O genótipo MAR 20#39 pl 1 obteve o menor resultado de severidade média enquanto MAR 20#21 pl 1 teve a menor incidência média da doença. Todos os genótipos foram classificados como moderadamente suscetíveis a bacteriose em campo, a exceção do genótipo MAR 20#24 pl 2, que foi considerado suscetível. Acerca da virose do endurecimento do fruto, o genótipo AR 2 obteve a menor severidade da doença e também a menor incidência, assim como menor taxa de progresso da doença. Os genótipos MAR 20#21, AP 1, ECRAM pl 3, MAR 20#10, MAR 20#15, obtiveram menor severidade da doença, enquanto AP1 e Rosa Claro mostraram menor incidência. Com relação à bacteriose em casa de vegetação (inóculo FAL 1630 e inóculo PIPIRIPAU1601) o genótipo Rosa Claro pl 3 R2 apresentou a menor severidade e a menor incidência da bacteriose. No que diz respeito à resistência à verrugose em ambiente protegido, os genótipos MAR20#10, MSCA pl. 2, EC3-0 pl. 1, MAR20#19, FB200, EC3-0 pl 2 e Rosa Intenso pl 3 demonstraram grande potencial para utilização em programas de melhoramento do maracujazeiro azedo. Novos estudos deverão ser realizados incluindo novos genótipos e ambientes para contribuir com os programas de melhoramento genético.