Tesis
Teatro para bebês : processos criativos, dramaturgia e escuta
Fecha
2016-12-19Registro en:
CABRAL, Fernanda Alvarenga. Teatro para bebês: processos criativos, dramaturgia e escuta. 2016. 201 f., il. Dissertação (Mestrado em Artes)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Cabral, Fernanda Alvarenga
Institución
Resumen
A presente pesquisa investiga o chamado ‘teatro para bebês’ a partir da análise e elaboração de seus processos criativos com o objetivo de identificar as principais características que conformam essa poética. Pretende-se argumentar sobre a arte feita para a primeira infância como uma atividade de pesquisa do ator-diretor-autor-compositor que se dá por meio da observação dos bebês no ambiente das creches. Dotado de um pluralismo metodológico, esse estudo se desenvolve a partir da análise das obras Pupila d’água (2003 - Cia. La Casa Incierta) e O Farol (2015 - Cia. Studio Sereia), sendo esta última uma criação elaborada durante esse processo de investigação e por meio de residência artística e entrevistas semi-estruturadas. Apresento o “teatro para bebês” ao qual me dedico como artista-criadora – aquele centrado na atividade de pesquisa como base para a criação cênica. O estudo aporta uma discussão dialógica entre os aspectos formativo e criativo, pois inclui em sua análise o entendimento do processo criativo relacionado diretamente à mediação, a partir da Pedagogia da Situação, e à recepção. O sonoro-musical, com base nos estudos da Paisagem Sonora é parte da construção da atividade de escuta que, por sua vez, acompanha as diferentes etapas de elaboração da obra teatral, assim como encontra ecos de ressonância na “construção do imaginário poético” do artista-criador e em seu processo de criação dramatúrgica. A partir de uma “re-criação” do universo imagético e mítico-poético do próprio artista-autor, em diálogo com o universo da primeira infância, onde a experiência é fruto da observação do universo cotidiano do próprio bebê, constrói-se o caminho criativo no teatro para bebês. Um estudo que trata da criação cênica aliada à construção de uma “escuta-ativa” entre intérprete e público, simultaneamente, durante a sua elaboração e recepção, tendo o sonoro-musical como eixo constituinte - o leitmotiv - do próprio espetáculo.