Tesis
Comparação entre as metodologias analíticas ELISA e quimioluminescência para dosagem de anti-transglu-taminase iga para diagnóstico sorológico de doença celíaca
Fecha
2017-01-16Registro en:
ROCHA, Ana Carolina Alves. Comparação entre as metodologias analíticas ELISA e quimioluminescência para dosagem de anti-transglu-taminase iga para diagnóstico sorológico de doença celíaca. 2016. xi, 55 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Rocha, Ana Carolina Alves
Institución
Resumen
A doença celíaca (DC) é uma desordem sistêmica e imunomediada por glúten em indivíduos geneticamente suscetíveis. A doença está associada ao antígeno leucocitário humano (HLA II), DQ2 e DQ8 e é caracterizada por inflamação intestinal, atrofia das vilosidades e autoimunidade. Os anticorpos IgA contra transglutaminase tecidual (tTG IgA) são marcadores sensíveis empregados no diagnóstico laboratorial da DC. Atualmente, existem duas metodologias laboratoriais mais empregadas na mensuração desse anticorpo, uma delas é a metodologia de ELISA, que é considerada método referência, e amplamente utilizada no diagnóstico de DC, e a outra, é a metodologia de quimioluminescência, cuja performance analítica foi objeto deste estudo. Foram analisadas 182 amostras de soro de pacientes do Laboratório de Pesquisas em Doença Celíaca (LABDC), 11 amostras positivas e 171 amostras negativas dosadas por Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay - ELISA (método referência). Todas as amostras foram mensuradas empregando ELISA e quimioluminescência, nos equipamentos Best-2000® e Bio-Flash. Os resultados revelaram que a quimioluminescência comparada ao ELISA, é substancialmente concordante (k=0,732) e reprodutível, apresentando CV de controles negativos e positivos respectivamente de 4,4% e 3,4% na avaliação da precisão intraensaio, e na precisão interensaio, demonstrando CV para controles negativos de 2,9% e positivos de 2,7%. O método apresentou sensibilidade de 81,8%, especificidade de 97,6%, e acurácia de 94%, mostrando-se mais sensível que específico quando comparado ao método referência. No que se refere ao desempenho clínico-laboratorial da quimioluminescência, o método demonstrou Valor Preditivo Positivo (VPP) de 69,2% e Valor Preditivo Negativo (VPN) de 98,8%, que demonstra elevada capacidade de discriminar indivíduos celíacos e não-celíacos, por meio da curva ROC, que apresentou área sobre a curva de 0,9972. Diante das análises realizadas, podemos concluir que a metodologia de quimioluminescência além da sua robustez e randomicidade, apresentou cut-off semelhante ao método referência, capacidade discriminatória entre celíacos e não-celíacos, com Risco Relativo de 58,5 vezes maior para o desenvolvimento de DC quando tTG IgA for positivo, e Odds Ratio de 187,9 demonstrando forte associação entre o exame positivo e chance de desenvolver DC. Com estes resultados, podemos inferir que a quimioluminescência pode ser utilizada como método de escolha para o diagnóstico laboratorial da DC.