Tesis
Capacidade funcional e análise de marcha no pós-operatório e artroplasia total do quadril, de acordo com níveis de 25-hidroxivitamina D
Fecha
2016-10-17Registro en:
CUNHA, Bernardo Matos da. Capacidade funcional e análise de marcha no pós-operatório e artroplasia total do quadril, de acordo com níveis de 25-hidroxivitamina D. 2016. 134 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Cunha, Bernardo Matos da
Institución
Resumen
Objetivos: Verificar a hipótese de associação entre níveis basais de 25-hidroxivitamina D (25OHD) e mudanças da capacidade funcional e análise de marcha em artroplastia total do quadril (ATQ) e identificar quais variáveis apresentaram diferenças entre o pré e pós-operatório. Métodos: Coorte prospectiva de pacientes submetidos à primeira ATQ da articulação acometida, analisada em dois cortes transversais. Os níveis séricos de 25OHD foram dosados na admissão hospitalar. Os pacientes foram avaliados com o Western Ontario and MacMaster University Osteoarthritis Index (WOMAC) e com análise de marcha, incluindo sistemas de captura de movimento e plataforma de força. As avaliações foram realizadas no préoperatório e após 3 meses. Resultados: Dados completos de WOMAC, cinemática e cinética estiveram disponíveis em 104, 93 e 66 pacientes, respectivamente. Houve melhora significativa nos domínios “dor”, “rigidez” e “atividade física” em 3 meses de pós-operatório. (p<0,001 em todas as análises). Não foi encontrada correlação entre os níveis de 25OHD e a variação no WOMAC total e seus domínios. Não foram identificadas diferenças significativas da média do WOMAC total e seus domínios, entre os grupos de 25OHD basal. Foi identificada melhora do tempo de apoio simples, comprimento do passo, passada, velocidade de marcha (todos p<0,001), extensão máxima e abdução máxima (p<0,001), flexão máxima (p=0,01), momento extensor máximo (p=0,002), potência máxima de geração (p<0,001) e absorção de energia (p=0,001) dos flexores do quadril. Foi identificada correlação de 25OHD com a variação da extensão máxima (R=0,25, p=0,017) e com a potência máxima de geração de energia (R=0,25, p=0,04). No subgrupo de pacientes idosos, não foi encontrada nenhuma correlação significativa. Foi realizada regressão linear múltipla, incluindo como varáveis dependentes a variação do pico de extensão (modelo 1) e da potência máxima de geração de energia (modelo 2). No modelo 1, 25OHD e variação da velocidade de marcha tiveram efeito na variabilidade (R2 ajustado=0,1, p=0,004). No modelo 2, apenas 25OHD explicou a variabilidade (R2 ajustado=0,05, p=0,044). Conclusões: Não foi observada relação entre os níveis de 25OHD e a variação dos escores WOMAC. Houve melhora do WOMAC total e seus domínios, mais acentuada do que previamente relatado em outros estudos, em pacientes submetidos a ATQ. Foi encontrada correlação entre a 25OHD basal e a extensão máxima e a potência máxima de geração dos flexores do quadril. O efeito da 25OHD na variabilidade de ambas as variáveis foi modesto. Houve melhora significativa de parâmetros espaço-temporais, cinemáticos e cinéticos no terceiro mês de pós-operatório de ATQ.