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Reflexões sobre a vigilância epidemiológica : reflexões sobre a vigilância epidemiológica : mais além da notificação compulsória
Reflections on epidemiological surveillance : beyond notifiable diseases
Registro en:
Autor
Merchán-Hamann, Edgar
Laguardia, Josué
Institución
Resumen
Diante das necessidades de reformulação do Sistema de Vigilância Epidemiológica, este
artigo busca discutir questões relacionadas a: (1) revisão e otimização do escopo das
doenças de notificação, (2) integração e abrangência das unidades notificantes e, (3)
atualização e ampliação das estratégias de monitorização de agravos de relevância
para a saúde pública. Após a definição dos conceitos relevantes da vigilância
epidemiológica, cujas bases foram definidas há quase quatro décadas, diversos fatores
têm concorrido para a reformulação da vigilância baseada na notificação compulsória,
a qual demonstrou escassa efetividade e representatividade, pouca eficiência, elevado
sub-registro, difícil caracterização da autoctonia e, principalmente, lentidão no fluxo
de informações, impedindo uma resposta oportuna. Devido às mudanças nos padrões
epidemiológicos atuais, torna-se importante a revisão criteriosa e objetiva da lista de
notificação de doenças. Devem-se incluir no escopo institucional da vigilância, de
maneira efetiva, a rede de laboratórios e os serviços de assistência, instituições públicas
e privadas que recebem recursos do SUS. Uma outra discussão necessária diz respeito à
qualidade dos sistemas de informação e dos registros existentes, bem como de sua
compatibilidade entre si e com outros sistemas. Quanto às estratégias de monitorização,
estas devem ser diversificadas, incluindo estratégias de vigilância ativa, sentinela
(baseada em eventos, lugares e profissionais) e notificação sindrômica. É desejável a
integração de centros nacionais e internacionais de vigilância através de redes
computarizadas. Finalmente, são feitas considerações sobre a competência do nível
federal de governo nas ações de vigilância e monitoramento. In face of the necessity of reorientation of the National Surveillance System, this article’s object is to discuss issues related to: (1) the revision and optimization of the list of notifiable
diseases, (2) the integration and coverage of reporting units and, (3) updating and widening of monitoring strategies for relevant public health problems. After the definition of basic concepts of surveillance, almost four decades ago, several factors have collaborated to the
current need of reform of the surveillance based on mandatory reporting. This strategy proved to be scarcely effective, low efficiency, high underreporting, difficult characterization of indigenous cases, low degree of representation, and especially, slow flow of information hampering timely interventions. It is important to review the notifiable disease list based on
sound criteria, in face of current changes of the epidemiological patterns. Networks of
laboratories and health care institutions, both private and public, receiving financial resources from the National Health System, should be included in the institutional range of surveillance, in an effective manner. Another important issue refers to the quality of information systems and
disease registers as well as, the compatibility between them and with other systems. Diversification of monitoring strategies should be considered, including active surveillance (based on events, places and practitioners) as well as, syndromic reporting. The integration of national and international surveillance centers through computerized networks is also important. Other considerations are made on the competence of the federal level of government on activities of monitoring and surveillance.