Tesis
Atitudes, crenças e práticas maternas sobre alimentação infantil e percepção e insatisfação materna em relação ao estado nutricional de crianças em escolas particulares do Distrito Federal, Brasil
Fecha
2016-08-19Registro en:
SILVA, Jéssica Pedroso da. Atitudes, crenças e práticas maternas sobre alimentação infantil e percepção e insatisfação materna em relação ao estado nutricional de crianças em escolas particulares do Distrito Federal, Brasil. 2016. 148 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Silva, Jéssica Pedroso da
Institución
Resumen
Objetivo: Avaliar a percepção e a insatisfação materna em relação ao estado nutricional de crianças entre o 1º e o 3º ano do ensino fundamental de escolas particulares do Distrito Federal e as atitudes, crenças e práticas maternas em relação à alimentação infantil. Metodologia: estudo de caráter transversal realizado com amostra total de 559 pares mães-escolares. O estado nutricional das crianças foi avaliado pela aferição do peso e da estatura. As mães responderam questionário online que avaliou dados sociodemográficos, estado nutricional materno, percepção e insatisfação materna em relação ao próprio estado nutricional (Escala de Silhuetas para adultos do sexo feminino), percepção e insatisfação materna em relação ao estado nutricional da criança (Escala de Silhuetas para crianças), consumo alimentar da criança e atitudes, crenças e práticas maternas sobre alimentação infantil e propensão à obesidade (Questionário de Alimentação da Criança). Resultados: 70,0% das mães apresentaram distorção na percepção do estado nutricional infantil e 50,9% delas era insatisfeitas com a imagem corporal da criança. Os meninos apresentavam maior chance de terem mães que subestimavam seu estado nutricional e que desejavam seu ganho de peso. Já as meninas apresentavam maior chance de terem mães que superestimavam seu estado nutricional e que desejavam sua perda de peso. Mães de crianças sem excesso de peso apresentavam maior chance de subestimar o estado nutricional de seus filhos e de desejar seu ganho de peso. Já mães de crianças com excesso de peso tinham maior chance de superestimar o estado nutricional infantil e de desejar sua perda de peso. Verificou-se também correlação positiva entre a insatisfação materna com a
imagem corporal da criança e a insatisfação com a própria imagem corporal. Em relação ao consumo alimentar, verificou-se que 77,3% das crianças consumiam alimentação de alta qualidade e que mães de crianças com alimentação de alta qualidade apresentaram maiores médias nas subescalas percepção de responsabilidade e monitoramento. Quanto maior era o IMC da criança, mais as mães restringiam a alimentação infantil e menos as mães pressionavam a criança para comer. Quanto maior era o IMC da mãe, mais preocupadas elas eram com o peso de seus filhos. Conclusão: foi observada elevada prevalência de distorção e insatisfação materna em relação ao estado nutricional de seus filhos. Verificou-se, ainda, que a presença de insatisfação, assim como as atitudes, crenças e práticas maternas sobre alimentação infantil estão associadas ao estado nutricional materno e da criança. São necessárias intervenções que busquem um melhor reconhecimento do estado nutricional da criança e que conscientizem as famílias a promoverem hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis nesta faixa etária, levando em consideração a complexidade do fator materno envolvido.