Tesis
Efeito da temperatura da água durante imersão em água gelada na recuperação do dano muscular induzido pelo exercício
Fecha
2016-07-26Registro en:
VIEIRA, Amilton. Efeito da temperatura da água durante imersão em água gelada na recuperação do dano muscular induzido pelo exercício. 2016. 73 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)— Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Vieira, Amilton
Institución
Resumen
Introdução: A imersão em água gelada (IAG) com temperaturas variando de 5 a 15 ºC vem sendo frequentemente utilizada no tratamento dos sinais e sintomas do dano muscular induzidos pelo exercício (DMIE). No entanto, até o momento não existe um consenso da temperatura ideal na recuperação do DMIE. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de diferentes temperaturas de IAG (i.e., 5 ºC e 15 ºC) na recuperação do DMIE. Métodos: Quarenta e dois homens universitários realizaram cinco séries de 20 repetições de salto em profundidade ‘drop jump’ e foram aleatóriamente alocados em um dos três grupos experimentais: 1) IAG a 5 ºC (G5, n = 14); 2) IAG a 15 ºC (G15, n = 14); ou 3) controle (GC, n = 14). Após o exercício, os indivíduos dos grupos IAG tiveram seus membros inferiores imersos em água gelada por 20 min, enquanto que aqueles do GC permaneceram sentados pelo mesmo período de tempo sem IAG. Força isométrica dos extensores do joelho, salto com contramovimento (SCM), dor muscular de início tardio (DMIT), e creatina quinase (CK) foram mensurados antes (pré) e ao longo de uma semana após o exercício. Resultados: Não houve diferença entre os grupos na recuperação da força isométrica (p = 0.73). No entanto, G5 e G15 recuperaram o desempenho do SCM mais rapidamente que o GC (p < 0.05). O desempenho do SCM retornou aos níveis pré-exercício após 72h para G15, após 96h para G5, enquanto que o GC não recuperou em nenhum dos momentos avaliados. Além disso, CK retornou aos níveis basais em 72h e assim permaneceu nos demais momentos para o G15, enquanto que em ambos G5 e GC os níveis permaneceram elevados por pelo menos 168h. Houve uma tendência para uma menor DMIT (p=0.06) no G15 quando comparado com GC 24h após o exercício. Conclusão: IAG acelerou a recuperação do desempenho do SCM, mas não a recuperação da força isométrica. Este resultado sugere que IAG possa promover a recuperação do desempenho em atividades que envolvam o ciclo alongamento-encurtamento. Porém, parece não influenciar na recuperação da força máxima contrátil. Adicionalmente, a imersão em água muito gelada como a 5 ºC não parece ser tão efetiva quanto em águas menos geladas (15 ºC) em promover recuperação ao exercício estenuante.