Tesis
Contribuição ao estudo químico e de atividade biológica de Eugenia dysenterica Mart. ex. DC. Berg (Myrtaceae)
Fecha
2016-07-30Registro en:
SILVA, Cristian Aldemar Gasca. Contribuição ao estudo químico e de atividade biológica de Eugenia dysenterica Mart. ex. DC. Berg (Myrtaceae). 2016. 125 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Silva, Cristian Aldemar Gasca
Institución
Resumen
Esta dissertação contribui para o estudo químico e de atividade biológica dos
extratos aquoso e hexânico das folhas de Eugenia dysenterica Mart. ex. DC.
Eugenia dysenterica, pertencente à familia Myrtaceae, é uma árvore nativa do
Cerrado, conhecida popularmente como cagaita ou cagaiteira e que deve seu nome
à propriedade laxativa do fruto. O estudo químico do extrato aquoso das folhas levou
ao isolamento e identificação de dois flavonoides, quercetina e catequina. As
estruturas foram estabelecidas por resonância magnética nuclear (RMN) de 1H (600 MHz) e de 13C (150 MHz), DEPT, espectroscopia de ultravioleta-visível (UV-VIS) e espectrometría de infravermelho (IV). Os dados espectroscópicos foram comparados com os dados da literatura. Embora os flavonoides tenham sido descritos nas folhas da planta é a primeira vez que são isolados a partir de folhas de cagaita. O estudo químico do extrato hexânico levou à identificação de quatro triterpenos pentacíclicos
(α-amirina, β-amirina, neolupenol e gammacer-16-en-3β-ol), e α-tocoferol ou vitamina E. As estruturas destes compostos foram confirmadas por RMN de 1H e de 13C,
espectrometria de IV, espectrometria de UV-VIS e CG-EM. Quanto à atividade
biológica, foi avaliada a viabilidade de células de neuroblastoma humano (linhagem
celular SH-SY5Y) quando expostas ao extrato aquoso. O extrato aquoso se mostrou citotóxico a concentrações acima de 7,8 μg/mL. Para o mesmo extrato, foi avaliada a capacidade de inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE), mostrando uma atividade inibitoria baixa (CI50 = 155,20±2,09) quando comparado com o padrão fisostigmina (CI50 = 18,69±0,07 μg/mL). O extrato hexânico assim como suas frações não se mostraram ativos contra algumas espécies de fungos e bactérias
pertencentes aos gêneros Candida e Staphylococcus, respectivamente. Este estudo se constitui no primeiro registro de triterpenos identificados nas folhas de E. dysenterica.