Tesis
Mestres estrangeiros; operariado nacional : resistências e derrotas no cotidiano da maior fábrica têxtil do rio de janeiro (1890 - 1920)
Fecha
2016-05-26Registro en:
SEVERINO, Carlos Molinari Rodrigues. Mestres estrangeiros; operariado nacional: resistências e derrotas no cotidiano da maior fábrica têxtil do rio de janeiro (1890 - 1920). 2015. 259 f., il. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Severino, Carlos Molinari Rodrigues
Institución
Resumen
Esta dissertação se propõe a estudar o período de trinta anos, entre 1890 e 1920, desde a fundação da Companhia Progresso Industrial do Brazil até o arrefecimento do primeiro movimento operário brasileiro. A fábrica instalada no subúrbio do Rio de Janeiro, em Bangu, tornou-se a maior empresa têxtil da Capital Federal, empregando quase 3 mil trabalhadores de diferentes nacionalidades. De modo geral, os acionistas eram portugueses, o diretor-gerente era espanhol, os mestres de seção eram ingleses, os contramestres eram italianos e os tecelões, o “chão da fábrica”, eram brasileiros. Uma análise micro-histórica do cotidiano fabril, utilizando como fonte principal as notícias de jornais, mostra que essa mistura étnica gerou muitos problemas, incluindo assassinatos e “paredes”. Para acalmar esta população multifacetada, a Companhia investiu em benfeitorias na vila operária, incentivou o lazer e conseguiu passar anos sem conflitos mais sérios. No entanto, quando a “carestia de vida” invadiu os lares dos trabalhadores, a partir de 1917, as manifestações grevistas da classe operária voltaram a alarmar o patronato. Desta vez, foram necessárias intervenções repressivas da força policial e do Estado para acabar com as reivindicações não só dos banguenses, mas de todos os empregados nas diversas fábricas têxteis da cidade.