Tesis
Análise dos prejuízos financeiros da indústria brasileira de aviação civil : influência das forças competitivas de Porter
Fecha
2016-05-25Registro en:
SOUSA, Robert Ramos de Carvalho. Análise dos prejuízos financeiros da indústria brasileira de aviação civil: influência das forças competitivas de Porter. 2016. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Transportes)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Sousa, Robert Ramos de Carvalho
Institución
Resumen
Recentemente, adotou-se o incentivo à competição como estratégia de regulação da indústria brasileira de transporte aéreo de passageiros. O ambiente de negócios, antes fortemente regulado pelo governo brasileiro passou a apresentar características de livre mercado. Os fatores positivos resultantes da competição foram a expansão da oferta do serviço e a redução das tarifas aeroportuárias. Com isso, uma maior parcela da população brasileira passou a ter acesso ao serviço. No entanto, as companhias aéreas incorreram em prejuízos financeiros anuais bilionários no período 2011-2013. Para investigar os fatores que impactam negativamente a rentabilidade das companhias aéreas brasileiras, recorreu-se à Teoria da Organização Industrial. A Teoria da Organização Industrial afirma que o potencial de atratividade de uma indústria é explicado por seus fatores estruturais. Entre os modelos existentes, Porter (1979) elaborou um arcabouço teórico que propicia diagnosticar a influência dos fatores estruturais de uma indústria na sua rentabilidade média, denominado “Cinco Forças Competitivas”. O modelo é composto por cinco forças: ameaça de novos participantes, ameaça de substitutos, poder dos compradores, poder dos fornecedores e a concorrência interna da indústria. Quanto mais intensas forem estas cinco forças juntas, menor tende a ser a lucratividade industrial. Os resultados indicaram que a indústria brasileira de transporte aéreo de passageiros apresenta elevadas barreiras de entradas caracterizadas pelo alto capital exigido. O poder dos fornecedores é forte, devido ao pequeno o número de empresas ofertantes de aeronaves e combustível. O poder dos compradores é fraco, pois, eles são apenas tomadores de preços. A concorrência interna da indústria é forte porque as companhias aéreas têm intensificado a competição com vistas a reduzir os déficits.