Tesis
A moda fazendo gênero : representações sociais sobre “modos de vestir gay”
Fecha
2016-02-18Registro en:
MARQUES FILHO, Adair. A moda fazendo gênero: representações sociais sobre “modos de vestir gay”. 2015. xix, 191 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Marques Filho, Adair
Institución
Resumen
O presente trabalho buscou levantar as representações sociais sobre os “modos de vestir gay”, expressas por homossexuais assumidos do sexo masculino. Partiu-se da Teoria das Representações Sociais (Moscovici) e da Teoria da Identidade Social (Tajfel), articuladas com as teorias feministas, para a caracterização do campo da moda como lócus das relações de gênero. Dois instrumentos foram utilizados para a coleta de dados: um questionário de evocação livre de ideias e um grupo focal. Os instrumentos foram aplicados em duas etapas: Na primeira etapa as questões giraram em torno dos conceitos de Moda e Aparência, sendo utilizado para a análise dos dados o software Evoc 2003. Nesta etapa participaram 81 (oitenta e um) sujeitos. Na segunda etapa foi organizado um grupo focal com 6 participantes e foi elaborado um roteiro a partir das respostas do questionário, partindo-se dos conceitos de Moda, Corpo e Identidade, sendo utilizado para análise o software Iramuteq. Os participantes desta etapa foram caracterizados como sujeitos gays assumidos do sexo masculino. Os resultados das análises, partindo-se da abordagem estrutural de Abric, apontam para a existência de representações sociais sobre os modos de vestir gay. Estas representações de parte de uma comunidade são evidenciadas a partir das principais evocações explicitadas pelos respondentes, assim como as justificativas dos segmentos de textos coletados. De fato, a partir dos achados, pode-se concluir que a moda faz gênero. Essas relações estabelecidas fazem surgir representações (autorrepresentação) de parte da comunidade gay como fortemente vinculada à moda, que se vestem de maneira estilosa e propõem novos olhares sobre o masculino, no intuito de superar a dicotomia homossexual e heterossexual.