dc.contributorCosta, Liana Fortunato
dc.creatorCarvalho, Juliana Castro Benício de
dc.date.accessioned2016-02-15T20:26:33Z
dc.date.available2016-02-15T20:26:33Z
dc.date.created2016-02-15T20:26:33Z
dc.date.issued2016-02-15
dc.identifierCARVALHO, Juliana Castro Benício de. Trajetórias marcadas: histórias de vida de adolescentes com vivência de acolhimento institucional. 2015. xii, 306 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/19505
dc.identifierhttp://dx.doi.org/10.26512/2015.06.T.19505
dc.description.abstractO presente texto trata de uma pesquisa qualitativa sobre histórias de vida de adolescentes em situação de acolhimento institucional, que se desenvolveu no intuito de compreender a dinâmica de adolescentes que encontram-se acolhidos e que com frequência evadem da instituição e ficam morando na rua, retornando para o acolhimento tempos depois. A tese defendida possui duas dimensões, sendo que a primeira diz respeito à dimensão metodológica, na qual um objeto mediador da expressão da história de vida de adolescentes, atua como facilitador da narrativa e a segunda, tem-se que a expressão da história de vida favorece a ressignificação dessa história para o próprio sujeito, sendo, portanto, não somente um método de pesquisa mas uma alternativa de intervenção profissional. O referencial teórico que subsidiou esse trabalho foi o da Psicossociologia Clínica, realizado por meio da metodologia de Histórias de Vida, que tem como base a abordagem clínica e que busca compreender um fenômeno social por meio do acesso à subjetividade de indivíduos que compõem a situação investigada. Participaram do estudo dois adolescentes, um menino e uma menina, que estavam acolhidos em uma instituição à época da pesquisa, além de uma assistente social que trabalhava em uma unidade de acolhimento. Os adolescentes narraram suas histórias de vida, ao longo de vários encontros, ao mesmo tempo em que desenhavam livremente, o que facilitou a expressão dessas histórias. Em relação à assistente social, ela falou de sua trajetória profissional, em um único encontro, sem a necessidade de qualquer elemento concreto que mediasse sua fala. A análise dessas histórias se deu em dois níveis: nível descritivocronológico, que organizou as histórias em ordem cronológica, subdividindo-as em temas, a partir dos assuntos mais recorrentes encontrados e nível temático, sendo os temas: estratégias de respostas em processo de desinserção social; tensão entre a instituição de acolhimento e a rua e, por fim, aspectos organizacionais sobre o acolhimento institucional de adolescentes. Essa análise mostrou que os adolescentes podem fazer uso de estratégias individualizadas para lidarem com a situação de estar em uma instituição de acolhimento, e, num segundo momento, passam a fazer uso de estratégias coletivas, grupais, para evitar o pertencimento a um grupo que é visto pela sociedade, como sendo formado por crianças e adolescentes vindos de uma família que falhou em suas funções de cuidado e proteção. Assim, é importante que os profissionais que trabalhem em uma instituição de acolhimento tenham uma postura clínica no atendimento e acompanhamento dos adolescentes acolhidos, para que acessem percepções e sentimentos, criando, junto ao adolescente, alternativas frente ao vivido. Nesse sentido, essa pesquisa propõe alguns modos de intervenção que favorecem a escuta clínica dos profissionais do acolhimento: trabalho em grupo com adolescentes; uso do desenho para facilitar a expressão de histórias de vida; ingresso dos adolescentes em outros grupos sociais, enquanto estão em acolhimento; revisão dos prontuários, incluindo a versão atualizada do adolescente sobre sua história de vida e das ressignificações realizadas e, por fim, espaço de escuta coletivo entre membros da equipe de uma unidade de acolhimento. Especificamente sobre o trabalho com histórias de vida, ele pode ser realizado utilizando-se da árvore genealógica, do projeto parental e do acesso às trajetórias de vida. Como limitação deste estudo, tem-se que ele focou o acesso às histórias de vida de adolescentes com longo tempo de institucionalização e que possuíam relação com uso de drogas, atos infracionais e vivência na rua.
dc.languagePortuguês
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dc.rightsAcesso Aberto
dc.titleTrajetórias marcadas : histórias de vida de adolescentes com vivência de acolhimento institucional
dc.typeTesis


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