Tesis
Medidas têmporo-espaciais da marcha relacionadas com queda em mulheres saudáveis
Fecha
2016-02-11Registro en:
GERVÁSIO, Flávia Martins. Medidas têmporo-espaciais da marcha relacionadas com queda em mulheres saudáveis. 2015. 110 f., il. Tese (Doutorado em Ciências e Tecnologias em Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Gervásio, Flávia Martins
Institución
Resumen
Tese elaborada na modalidade artigo. O primeiro artigo “Natural Gait Variability changes from 20 and 67 Years: Cadence and Step Width Predictors of Premature Risk of Falls”, objetivou descrever e determinar a variabilidade de parâmetros espaço temporais da marcha, em mulheres saudáveis dos 20 aos 67 anos de idade e predizer em qual faixa etária o risco de queda ocorre precocemente. Comparou três grupos de mulheres: jovem (20-29 anos), adultas (30-49 anos) e adultas idosas (50-67 anos). As medidas de variabilidade, calculadas pelo coeficiente de variabilidade foram: comprimento do passo e passada, período do passo, passada, apoio, balanço, simples e duplo suporte, largura da base, cadência e velocidade. Houve diferença estatisticamente significativa entre jovens e adultas idosas para cadência (p=0,003) e entre adultas e adultas idosas para cadência (p=0,003), largura da passada direita (p=0,01) e esquerda (p<0,001). A regressão linear verificou que em média, a cada três anos, há aumento em uma unidade da variabilidade da cadência e que a cada quatro anos, há o aumento em uma unidade da variabilidade da largura da passada direita e esquerda, sinalizando para o risco de quedas. O segundo artigo, “Medidas Têmporo-Espaciais Indicativas de Quedas em Mulheres Saudáveis com 50 anos ou mais, avaliadas pela Análise Tridimensional da Marcha” objetivou determinar, dentre as medidas têmporo-espaciais, quais apresentam precocidade de risco de queda, quando comparadas à literatura. Amostra composta por dois grupos: jovens (20-39 anos) e adultas idosas (50-69 anos). Considerou-se a média de 46 medidas têmporo-espaciais, lados direito (D) e esquerdo (E), para análise tridimensional. Houve diferença estatística significativa para comprimento da passada D (p=0,003) e E (p=0,002); passo D (p=0,008) e E (p=0,001); período do apoio E (p=0,008); período do passo D (p=0,049); duplo suporte E (p=0,003); largura da base E (p=0,005); resposta à carga E (p=0,001); pré-balanço D (p=0,001) e E (p=0,001), bem como para as seguintes medidas em percentil do ciclo de marcha: apoio E (p=0,001); balanço E (p=0,001); simples suporte E (p=0,025); resposta à carga E (p<0,001); pré-balanço E (p=0,001) e pré-balanço D (p=0,014). A regressão linear indicou que a variação da idade modifica em média 18% as medidas de comprimento do passo e passada e em 20% a velocidade da marcha, indicativando risco precoce de queda em mulheres a partir dos 50 anos de idade. A marcha é um dos elementos que oferece risco de queda, seu estud permite elaborar programas terapêuticos preventivos específicos e eficazes.