Tesis
Efeitos anti-inflamatórios de espécies de Pouteria spp. sobre macrófagos murinos RAW 264.7 estimulados com LPS
Fecha
2016-02-05Registro en:
TEOTÔNIO, Isabella Márcia Soares Nogueira. Efeitos anti-inflamatórios de espécies de Pouteria spp. sobre macrófagos murinos RAW 264.7 estimulados com LPS. 2015. xiv, 76 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Teotônio, Isabella Márcia Soares Nogueira
Institución
Resumen
A inflamação compreende um mecanismo biológico complexo e altamente regulado de defesa do organismo em resposta a diversos estímulos. É dividida em duas fases, aguda e crônica. A inflamação aguda geralmente é benéfica ao hospedeiro, reestabelecendo em pouco tempo a estrutura e função do tecido e/ou órgão. Entretanto, nem sempre as respostas inflamatórias ocorrem dessa forma, e condições anormais de resposta inflamatória tornam-se crônicas, promovendo a perda da função do órgão ou tecido, e o desenvolvimento de doenças. As doenças inflamatórias crônicas afetam milhões de pessoas ao redor do mundo. O desenvolvimento de medicamentos anti-inflamatórios eficazes e seguros deve ser uma prioridade, pois entre os disponíveis comercialmente são relatados vários efeitos colaterais, o que limita a aplicação desses agentes. Assim, o desenvolvimento de uma terapia segura, eficaz e econômica para o tratamento de doenças inflamatórias ainda representa um grande desafio. Neste cenário, as plantas medicinais asseguram uma posição de destaque como fonte de moléculas bioativas naturais. As espécies de Pouteria têm sido utilizadas como plantas medicinais por apresentarem muitas atividades biológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade anti-inflamatória de extratos de Pouteria torta e Pouteria ramiflora em macrófagos RAW 264.7 inflamados com 1μg/mL de LPS. A viabilidade das células e a citotoxicidade foram avaliadas por meio de duas metodologias, WST-8 e vermelho neutro, e a resposta inflamatória foi analisada através de expressão gênica empregando a técnica PCR em tempo real, e pela dosagem dos mediadores óxido nítrico (NO) e prostaglandina (PGE2), pelas metodologias de espectrofotometria e ELISA respectivamente. Ensaio adicional de atividade antioxidante empregando esta mesma metodologia foi empregado para a dosagem de glutationa (GSH). Nossos resultados demonstraram que nas concentrações 0,078, 0,039, 0,020 mg/mL todos os extratos testados não apresentam toxicidade e apresentaram atividade anti-inflamatória e antioxidante em células RAW 264.7 estimuladas com LPS, reduzindo os níveis de NO, PGE2 e GSH, e modulando negativamente a expressão dos transcritos dos genes marcadores de inflamação COX-2, IL-6, iNOS, TNF-α e NF-kB, o que demonstra que esses extratos apresentam grande potencial terapêutico como anti-inflamatórios.