Tesis
Correlação entre a avaliação motora do MDS-UPDRS e o movimento rítmico em indivíduos acometidos pela doença de Parkinson
Fecha
2016-01-15Registro en:
CALAND, Liana Mayara Queiroz. Correlação entre a avaliação motora do MDS-UPDRS e o movimento rítmico em indivíduos acometidos pela doença de Parkinson. 2015. viii, 93 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Caland, Liana Mayara Queiroz
Institución
Resumen
Dentre os sintomas motores da doença de Parkinson, a bradicinesia é o sintoma que define o diagnóstico da doença. Diante disso, os métodos de avaliação motora para os pacientes com doença de Parkinson têm como base a identificaçã e caracterização da bradicinesia. A escala do MDS-UPDRS é o instrumento validado mais preciso para a avaliação dos sintomas motores, porém, ainda é um método subjetivo de avaliação. Portanto, a literatura não aponta qual é o melhor método de avaliação motora, que seja preciso, quantitativo e de simples aplicação. Assim, o finger tapping um teste é indicado para a identificação dos sintomas motores por meio da avaliação cinemática do movimento sequencial rítmico. Pata tentar elucidar esse problema, esse estudo teve o propósito de verificar a correlação existente entre a avaliação motora do MDS-UPDRS e o movimento sequencial rítmicos nos períodos ON e OFF da medicação, a partir da proposição do desenvolvimento de um equipamento que possibilite a avaliação motora para identificação e caracterização das alterações motoras precoces da doença de Parkinson. Foram avaliados 37 indivíduos com diagnóstico de doença de Parkinson e sob tratamento medicamentoso dopaminérgico. Os participantes foram submetidos a duas avaliações, uma no período ON e outra no período OFF, e em cada avalição foram feitas a avaliação motora e a avaliação do movimento sequencial pelo finger tapping test adaptado (FTT) executado unilateralmente em uma tarefa motora simples e sem estimulo sensorial externo. As amplitudes e frequências obtidas pelo FTT foram correlacionadas com o valor total da avaliação motora e a subescala de bradicinesia do MDS-UPDRS. As correlações revelaram que as amplitudes são indicadores melhores da bradicinesia (p ≤ 0,05) do que as frequências, sendo que houve correlação significante das amplitudes com o nível de severidade da doença (p ≤ 0,05) e com a subescala de bradicinesia (p ≤ 0,05) do MDS-UPDRS. Foi observado que as amplitudes diminuem a medida em que a bradicinesia aumenta e a doença progride, observando-se que a avaliação motora é mais precisa e fidedigna quando é realizada no período OFF da medicação. O movimento sequencial rítmico executado no ritmo mais confortável tem relação significante com a avaliação motora do MDS-UPDRS, porém, o movimento executado no ritmo mais rápido possível é mais indicado para a avaliação e caracterização da bradicinesia (p ≤ 0,01), como mostram os resultados que indicam correlação significante entre a amplitude da mão direita no rítmo mais rápido possível e a avaliação motora (r = -0,600; p = 0,0001), e entre essa amplitude e a subescala de bradicinesia (r = 0,509; p = 0,001). Também há correlação significante entre a amplitude mão esquerda no rtmo mais rápido possível e a avaliação motora (r = 0,533; p = 0,0001), e entre essa amplitude e a subescala de bradicinesia (r = 0,461; p = 0,002).