Tesis
Aderência à mudança : um estudo empírico no Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE
Fecha
2015-05-18Registro en:
MELO, Mariane Cortat Campos. Aderência à mudança: um estudo empírico no Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE. 2015. 126 f., il. Dissertação (Mestrado em Administração)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Melo, Mariane Cortat Campos
Institución
Resumen
A mudança organizacional é um tema presente nos estudos organizacionais em virtude da percepção de que vivemos em um mundo em constante transformação, criando demanda por adaptação. Um dos elementos mais investigados é a contribuição dos indivíduos para os processos de mudança organizacional, baseado na percepção de que organizações são entidades complexas e que, em última instância, são construídas pelos indivíduos que as formam. Muitas vezes, falhas são atribuídas a reações negativas das pessoas e comportamentos de resistência; essa simplificação das possíveis reações dos indivíduos à mudança, porém, esconde um mundo complexo de interações entre diversos componentes organizacionais, de processo e de atitudes positivas, ambivalentes e negativas frente à mudança. Nesse contexto, o objetivo geral definido para esse trabalho era identificar, empiricamente, a influência da aderência à mudança sobre os resultados percebidos, considerando-se o papel moderador de componentes da estrutura organizacional, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, executado por meio de três estudos. O Estudo 1 buscou descrever o processo de mudança pelo qual o Cade passou e criar duas escalas, uma de aderência à mudança e outra de resultados percebidos, de forma a operacionalizar as medidas para o teste empírico das relações propostas por meio do Estudo 2; o Estudo 3, de natureza qualitativa, buscou incorporar uma visão coletiva dos participantes do grupo focal conduzido. Como resultados quantitativos, foram analisados 12 modelos empíricos reduzidos e 1 modelo empírico global, que indicou que a variável aderência à mudança relacionou-se positivamente com os resultados percebidos em diversos modelos empíricos reduzidos, mas com baixo poder explicativo; o mesmo ocorreu com as relações de moderação testadas com a variável estrutura organizacional. Não foi possível tirar conclusões a partir do comportamento das variáveis pessoais e profissionais. O Estudo 3 trouxe como principais resultados o registro de reações de ambivalência à mudança e a emergência de fatores de conteúdo da mudança que podem contribuir para a formação da aderência à mudança. As principais contribuições teóricas desse trabalho são o teste empírico das relações hipotetizadas na literatura e a operacionalização de um constructo para pesquisa, de forma a avançar na consolidação teórica da área.