Tesis
Associação de disfunção endotelial com alterações estruturais iniciais de aterosclerose e presença de marcadores séricos sugestivos de inflamação, disfunção endotelial e injúria vascular em crianças portadoras de Diabetes mellitus tipo 1
Fecha
2015-04-24Registro en:
NASCIMENTO, Antonella Márcia Mercadante de Albuquerque do. Associação de disfunção endotelial com alterações estruturais iniciais de aterosclerose e presença de marcadores séricos sugestivos de inflamação, disfunção endotelial e injúria vascular em crianças portadoras de Diabetes mellitus tipo 1. 2014. xxi, 92 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
repositorio.unb.br/handle/10482/17984
Autor
Nascimento, Antonella Márcia Mercadante de Albuquerque do
Institución
Resumen
Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) apresenta prevalência global crescente e cursa com complicações vasculares que constituem importantes fatores de risco para doenças de alta morbidade e mortalidade na vida adulta, como doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e doença vascular periférica. As alterações estruturais típicas da aterosclerose são antecedidas por um processo de disfunção das células endoteliais que determina um estado sistêmico vasoconstrictor, pró-inflamatório e pró-trombótico que pode contribuir para o desenvolvimento das complicações vasculares diabéticas. Objetivo: verificar a presença de disfunção endotelial e alterações estruturais iniciais de aterosclerose em crianças portadoras de DM1. Métodos: a população do estudo foi constituída por 31 crianças diabéticas (separadas em subgrupo com tempo de diagnóstico menor que 5 anos e outro com 5 anos ou mais) e 58 crianças saudáveis, com idades entre 6 e 12 anos. Técnicas ultrassonográficas foram utilizadas para medir a dilatação fluxomediada (FMD) da artéria braquial e a espessura das camadas íntima-média das artérias carótidas (IMT). Os achados ultrassonográficos foram correlacionados com os níveis séricos de marcadores inflamatórios (IL-6, PCR-US), marcadores de disfunção endotelial (sE-selectina, sVCAM-1 e sICAM-1) e de injúria vascular (MMP-9). Resultados: crianças diabéticas com tempo maior de diagnóstico apresentaram percentagem de dilatação fluxo-mediada máxima significantemente menor que o grupo controle. Os níveis séricos de sVCAM-1 mostraram-se significantemente elevados nos dois subgrupos de diabéticos, em relação ao controle, e os níveis séricos de PCR-US e sE-selectina foram significantemente maiores, em relação a este grupo, apenas no subgrupo de diabéticos com maior tempo de diagnóstico. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos quanto à espessura médio-intimal e aos níveis séricos de IL-6, sICAM-1 e MMP-9. A resposta vasodilatadora máxima apresentou correlação negativa com os níveis séricos de HbA1c e glicose de jejum. Conclusão: nossos achados sugerem que crianças diabéticas com 5 ou mais anos de diagnóstico já podem apresentar disfunção endotelial e um estado inflamatório sistêmico de baixa intensidade, embora sem alterações estruturais de aterosclerose.