Tesis
Herança de sequências de minicírulos de kDNA integradas no genoma de células germinativas com persistência de nDNA de Ttypanosoma cruzi
Fecha
2012-11-21Registro en:
PIMENTEL. Carlos Fernando da Rocha. Herança de sequências de minicírulos de kDNA integradas no genoma de células germinativas com persistência de nDNA de Ttypanosoma cruzi. 2012. 102 f., il. Dissertação (Mestrado em Patologia Molecular)—Universidade de Brasília, 2012.
Autor
Pimentel, Carlos Fernando da Rocha
Institución
Resumen
Este estudo é parte de linha de pesquisa do Laboratório Multidisciplinar de Pesquisa em Doença de Chagas, na Faculdade de Medicina da Universidade de
Brasília, que visa ao mapeamento das integrações de sequências de minicírculos
de DNA mitocondrial (kDNA) de Trypanosoma cruzi em famílias de residentes em
diferentes ecossistemas brasileiros. Nesta dissertação foram analisados sêmens
de 53 adultos de dois municípios do Estado do Pará. O trabalho foi conduzido
para identificar e caracterizar os sítios de integração das mutações de kDNA em
células do sêmem e determinar a de presença do DNA nuclear (nDNA) do T. cruzi
em adultos na idade reprodutiva. Foram analisadas amostras de DNA do sêmen
de 53 homens. Os testes PCR mostraram que em 44 amostras (83%) havia
nDNA. Em mais quatro amostras (48/53) os testes PCR revelaram amplicons de
kDNA parasita. Estes quatro últimos sugerem que as sequências de minicírculos
poderiam estar integradas ao genoma de pessoas sem a infecção ativa pelo T.
cruzi. Então, a técnica tpTAIL-PCR foi usada para caracterizar as mutações de
kDNA nos cromossomos das células analisadas. Foram encontradas 142
mutações no genoma de 38 indivíduos (72%) do estudo. Essas mutações foram
localizadas (56,6%) em LINE-1 dispersos nos genomas. Ademais, verificou-se
que 32,5% dessas mutações achavam-se no locus AL7313741.4 de LINE-1, no
cromossomo X. Apenas nove eventos de integração de kDNA ocorreram em
regiões codificadoras do genoma. Entre essas, encontram-se mutações em genes
de quinases, receptor olfatório e em outros sítios não determinados. Em 24 casos
(16,8%) o kDNA ligado ao LINE-1 estava acompanhado de fragmento de
sequência de DNA retroviral, sugerindo recombinação e “hitchhiking’’. De grande
interesse, os resultados sugerem a possibilidade de transmissão da infecção por 83% dos homens que tem o nDNA do T. cruzi no sêmen e, assim, a reprodução
sexuada pode contribuir para transferência e herança das mutações de kDNA nas
progênies das famílias do estudo.