Tesis
Invenção e fantasia sobre a modernidade em Cem anos de solidão e Ninguém escreve ao coronel, de Gabriel García Márquez
Fecha
2012-07-30Registro en:
SANTOS, Sílvia Urmila Almeida. Invenção e fantasia sobre a modernidade em Cem anos de solidão e Ninguém escreve ao coronel, de Gabriel García Márquez. 2011. 87 f. Dissertação (Mestrado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
Autor
Santos, Sílvia Urmila Almeida
Institución
Resumen
Esta pesquisa tem por objetivo constituir apontamentos críticos sobre os romances Ninguém escreve ao coronel (1957) e Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez, sob a perspectiva de idealização da modernidade. Este estudo pretende observar, estruturalmente, como se dá a percepção da condição periférica por meio de dois personagens das referidas obras de García Márquez. Pretende-se analisar também o propósito de aproximação entre a esposa do coronel de Ninguém escreve ao coronel e Úrsula Iguarán de Cem anos de solidão. O objetivo é entender como personagens de distintas narrativas, estruturadas esteticamente sob os moldes do realismo fantástico, porém, tão díspares em forma e conteúdo, podem ser compreendidas em função uma da outra. Trata-se, portanto, de uma comparação dialética entre a esposa do coronel reformado, que em meio a discernimentos e autoconsciência dilacerada da burocracia se destina ela mesma ao egoísmo e a matriarca da estirpe condenada a cem anos de solidão Úrsula Iguarán, que, pesem várias diferenças e distanciamentos, aproximam-se pela visão intencionada ou não, catastrófica ou não, das justificações ideológicas de classe. Em última instância, se perguntará: “Em quais pontos uma das primeiras obras de Gabriel García Márquez, a saber, Ninguém escreve ao coronel, uma narrativa elaborada sem grandes pretensões formais e estilísticas, acerca-se de Cem anos de solidão, provavelmente um dos romances latino-americano mais lido do mundo em que as escolhas estilísticas do autor, valorizadas e aclamadas pela literatura mundial, alcançaram força e amplitude extraordinárias?”. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This research aims to constitute critical notes on the novels Nobody writes to the Colonel (1957) and One hundred years of solitude (1967), by Gabriel García Márquez, from the perspective of idealization of modernity. This study seeks to define, structurally, the perception of peripheral condition through two characters of these works of García Márquez. Furthermore it will examine the intended similarity between the wife of the colonel in Nobody writes to the Colonel and the character of Ursula Iguarán in One Hundred Years of Solitude. The goal is to understand how characters from different stories, aesthetically structured in the manner of magical realism, but so different in form and content, can be understood in terms of one another. Hence It is a comparison of the dialectic between the wife of the retired colonel, who in the midst of insights and the bureaucracy of her self-consciousness, devotes itself to the selfishness, and Ursula Iguarán, the matriarch sentenced to one hundred years of solitude, that, despite several differences and distances, are close to the intention or not, catastrophic or not, the ideological justification of class. Eventually it will ask "Which aspects in the early work of Gabriel García Márquez, namely Nobody writes to the colonel, an elaborated narration without too many formal and stylistic pretensions, converge to his latter One hundred years of solitude, probably one of the world's most read Latin American novel with the author's stylistic art of writing, valued and praised in world literature, both pieces having achieved extraordinary power of expression and magnitude?".