Tesis
No fiel da balança : uma etnografia da regulamentação sanitária de medicamentos para emagrecer
Registro en:
SILVA, Rosana Maria Nascimento Castro. No fiel da balança: uma etnografia da regulamentação sanitária de medicamentos para emagrecer. 2012. 247 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
Autor
Silva, Rosana Maria Nascimento Castro
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2012. Esta dissertação tem como objetivo descrever e compreender a atividade de regulamentação de medicamentos no Brasil, com foco central no ofício institucional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A partir de etnografia realizada nos eventos que compuseram o debate regulatório sobre medicamentos para emagrecer, os psicotrópicos anorexígenos, descrevemos e analisamos os instrumentos, processos, negociações e disputas através das quais os fármacos e os atores sociais envolvidos em seu processo de produção, prescrição, manipulação e uso são regulamentados. Nesse movimento, buscamos realizar uma antropologia dos medicamentos, desnaturalizando este termo a partir do contexto regulatório etnografado. Analisamos, assim, que medicamento é menos uma propriedade dos fármacos que um estatuto que se estabiliza ou desestabiliza, a depender da rede terapêutica de relações entre atores heterogêneos em que está engajado. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This dissertation describes the activity of drug regulation in Brazil by focusing on the institutional mission of the Brazilian Health Surveillance Agency (ANVISA). From ethnography developed on the events that composed the regulatory debate about anoretic drugs, this work describes and analyses the tools, processes, negotiations and disputes through which the drugs and the social actors involved in its production, prescription, manipulation and use are regulated. This work also develops a anthropology of medicines, by denauturalizing this term based on the regulatory context that has been ethnographed. Therefore, we analyse that medicine is less a property of drugs than a status that can be stabilized or destabilized depending on the network of therapeutic relations in which it is engaged.