Articulo
La violencia contra las mujeres en el marco del terrorismo de Estado en Argentina
Violence against women in the framework of State terrorism in Argentina;
Violência contra as mulheres no contexto do terrorismo de Estado na Argentina
Autor
Villegas, María Cecilia Rita
Institución
Resumen
Un 30 por ciento de las víctimas del terrorismo de Estado ejercido por la dictadura cívico militar instaurada en Argentina a partir del 24 de marzo de 1976 fueron mujeres, según los datos recabados por la CONADEP (CONADEP, 1991, p. 294). La violencia sistemática sufrida por las mujeres en los centros clandestinos de detención de aquellos años fue específica, sistemática y planificada, tuvo claras intenciones, partió de estereotipos de género, y los profundizó en nuestra sociedad. Los delitos contra la integridad sexual de las víctimas cometidos por los represores no fueron considerados partes del plan sistemático contra la población, en el marco de la persecución política e ideológica desatada en esos años, si no como hechos aislados. Recién en 2010, la violencia sexual, en este contexto, fue tratada como delito de lesa humanidad.
Los objetivos de mi propuesta serán identificar los distintos estereotipos de género presentes en el referido accionar del Estado, determinar si dichos estereotipos siguen vigentes en la actualidad, analizar las causas por las cuáles la violencia contra las mujeres durante el terrorismo de Estado quedó invisibilizada en el sistema judicial argentino, y por último examinar los avances del Estado Argentino en la materia con posterioridad a las recomendaciones efectuadas en 2010 por el Comité de Derechos Humanos y el Comité de la CEDAW. According to data collected by CONADEP (CONADEP, 1991, p. 294), 30 percent of the victims of state terrorism by the civic-military dictatorship established in Argentina on March 24, 1976, were women.
The systematic violence suffered by women in the clandestine detention centers of those years was specific, systematic and planned, had clear intentions, was based on gender stereotypes, and deepened them in our society. The crimes against the sexual integrity of the victims committed by the repressors were not considered part of the systematic plan against the population, within the framework of the political and ideological persecution unleashed in those years, but rather as isolated events. It was not until 2010 that sexual violence, in this context, was treated as a crime against humanity. The objectives of my proposal will be to identify the different gender stereotypes present in the State’s actions in question, to determine whether those stereotypes are still valid today, to analyse the reasons why violence against women during State terrorism became invisible in the Argentine judicial system, and finally to examine the progress made by the Argentine State in this area following the recommendations made in 2010 by the Human Rights Committee and the CEDAW Committee. 30 por cento das vítimas do terrorismo de Estado exercido pela ditadura cívico militar na Argentina a partir de 24 de março, 1976 eram mulheres, de acordo com dados coletados pela Comissão em Disappeared (CONADEP, 1991, p. 294). A violência sistemática sofrida pelas mulheres nos centros de detenção clandestinos daqueles anos foi específica, sistemática e planejada, tinha intenções claras, partiu de es- tereótipos de gênero e aprofundou-os em nossa sociedade. Crimes contra a integridade sexual das vítimas cometidos pelos repressores não foram considerados parte de um plano sistemático contra a população no contexto da perseguição política e ideológica desencadeada naqueles anos, se os eventos não como isoladas. Somente em 2010, a violência sexual, nesse contexto, foi tratada como um crime contra a humanidade. Os objectivos da minha proposta vai identificar os diferentes estereótipos de gênero presentes na referida ação do Estado, se tais estereótipos ainda são válidas hoje, analisar as razões pelas quais a violência contra as mulheres durante o terrorismo de Estado permaneceu invisível no Sistema judicial argentino e, por fim, examinar o progresso do Estado argentino na matéria, após as recomendações feitas em 2010 pela Comissão de Direitos Humanos e pelo Comitê da CEDAW. Facultad de Ciencias Jurídicas y Sociales