dc.contributorLEITE, Y. L. R.
dc.contributorGREGORIN, R.
dc.contributorTAVARES, V. C.
dc.contributorMONTEIRO, C. W.
dc.contributorPRADO, J. R.
dc.contributorCHIQUITO, E. A.
dc.contributorPARESQUE, R.
dc.contributorDITCHFIELD, A. D.
dc.date.accessioned2019-05-17
dc.date.accessioned2019-05-18T02:13:13Z
dc.date.accessioned2019-05-28T13:06:12Z
dc.date.available2019-05-17
dc.date.available2019-05-18T02:13:13Z
dc.date.available2019-05-28T13:06:12Z
dc.date.created2019-05-17
dc.date.created2019-05-18T02:13:13Z
dc.date.issued2019-03-12
dc.identifierFONSECA, B. S., Taxonomia integrativa revela diversidade críptica em Trachops cirrhosus (Chiroptera, Phyllostomidae)
dc.identifierhttp://repositorio.ufes.br/handle/10/11160
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/2877005
dc.description.abstractTrachops Gray, 1847 (Chiroptera: Phyllostomidae) é um morcego carnívoro monotípico, com apenas Trachops cirrhosus (Spix, 1823) reconhecida atualmente. Existem três subespécies que ocupam grande parte da região Neotropical, ocorrendo do sul do México à Nicarágua (T. c. coffini), da Costa Rica ao sudeste e nordeste brasileiro (T. c. cirrhosus) e do sul do Brasil à Bolívia (T. c. ehrhardti). Embora o gênero tenha origem antiga, ca. 17 milhões de anos atrás, fósseis da espécie são escassos e relativamente recentes, datando do Pleistoceno Tardio e Holoceno. No que diz respeito à taxonomia, estudos genéticos levantaram a hipótese de especiação críptica no gênero, mas nenhum trabalho integrando diferentes matrizes de dados foi feito até o momento. O principal objetivo do presente estudo foi investigar a diversidade de Trachops ao longo de sua distribuição geográfica, integrando análises moleculares, morfométricas e ecológicas para compreender a taxonomia do gênero. Utilizei o conceito de espécie de Linhagem Geral e critérios operacionais baseados em: 1) monofiletismo nas filogenias moleculares com base em três marcadores mitocondriais e um nuclear; 2) divergência morfométrica com análise de Normal Mixture Models; 3) divergência de nicho ecológico, por meio de modelagem e teste de identidade de nicho. Além disso, a filogeografia de Trachops também foi revisitada utilizando redes de haplótipos e estimativas de tempo de divergência para se compreender os padrões de distribuição das linhagens genéticas. Os resultados mostram que Trachops deve ser dividido em 2 espécies: T. ehrhardti, monotípico e T. cirrhosus, com 2 subespécies (T. c. cirrhosus e T. c. coffini). As análises filogenéticas apontaram para a existência de 7 linhagens geograficamente estruturadas de Trachops com divergências genéticas > 5%. Dentre essas, a linhagem da porção sul da Mata Atlântica (T. ehrhardti) apresentou-se como a mais divergente, separando-se do grupo irmão (T. cirrhosus) há cerca de 7 milhões de anos. A árvore coalescente de espécies reforça a ideia de que essas duas grandes linhagens são espécies distintas, embora o suporte estatístico para T. cirrhosus seja relativamente baixo na árvore de genes. As análises morfométricas indicam 2 formas de Trachops: uma de tamanho maior e outra de tamanho menor. Embora essa diferença seja significativa, ela não é conspícua, possivelmente devido à grande distribuição geográfica de T. cirrhosus e, portanto, à existência de formas intermediárias. Trachops ehrhardti da Mata Atlântica e T. c. coffini da América Central tem tamanhos similares, mas apresentam diferenças morfológicas. Trachops c. cirrhosus é maior, apresentando variação clinal de tamanho, e o Panamá parece ser a zona de contato com T. c. coffini. Os modelos de nicho ecológico dos três táxons mostraram áreas de adequabilidade distintas principalmente para T. ehrhardti. O teste de sobreposição de nicho revelou maior sobreposição entre T. ehrhardti e T. c. coffini, do que entre T. ehrhardti e sua vizinha T. c. cirrhosus, sugerindo que a 9 semelhança entre os nichos pode estar atuando para manter as semelhanças em tamanho. Além disso, o teste de identidade de nicho corroborou a singularidade dos nichos para cada táxon. Lançando mão desses resultados, fica clara a distinção genética, ecológica e morfométrica entre T. ehrhardti e T. cirrhosus. Trachops ehrhardti mostra pouco compartilhamento de haplótipos e diversificação apenas durante o Pleistoceno. Já T. cirrhosus tem alta diversidade haplotípica e valores de FST esperados para populações panmíticas, embora contenha 6 linhagens geograficamente estruturadas. A origem do gênero parece ter sido na América do Sul, uma vez que T. c. coffini teve sua origem há 2,96 milhões de anos atrás, coincidindo com a data mais recente proposta para o fechamento do Istmo do Panamá. A linhagem de de T. cirrhosus com maior distribuição geográfica ocupa vários biomas da América do Sul, incluindo a Mata Atlântica do nordeste brasileiro e Amazônia. As diferenças florísticas atuais entre as porções norte e sul da Mata Atlântica e todas as interações bióticas e abióticas envolvidas podem representar barreiras ecológicas para as duas espécies de Trachops. Palavras-chave: espécies crípticas, filogeografia, morfometria, modelagem de nicho ecológico.
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisherBR
dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biologia Animal)
dc.publisherUFES
dc.publisherDoutorado em Biologia Animal
dc.titleTaxonomia integrativa revela diversidade críptica em Trachops cirrhosus (Chiroptera, Phyllostomidae)
dc.typeTesis


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