Tesis
Defensivos Alternativos para Controle da Antracnose e Pinta-preta em mamão.
Fecha
2019-02-26Registro en:
RODRIGUES, L. O., Defensivos Alternativos para Controle da Antracnose e Pinta-preta em mamão.
Autor
ZUCOLOTO, M.
MENINI, L.
MORAES, W. B.
BELAN, L. L.
TOMAZ, M. A.
Institución
Resumen
O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma cultura tropical, importante economicamente para o Brasil e suscetível a inúmeras doenças, como a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) e a pinta-preta (Asperisporium caricae). Devido à possibilidade de os fitopatógenos desenvolverem resistência a fungicidas quando utilizados em larga escala, o estudo de outros métodos de controle faz-se necessário, como a utilização de compostos de origem natural e triazóis sintetizados a partir do glicerol, visto que possuem potencial antifúngico. Assim, o objetivo foi estudar produtos que poderiam substituir os agroquímicos convencionais no tratamento das doenças antracnose e pinta-preta do mamoeiro. No capítulo 1 foi avaliado o efeito dos solventes e surfactantes Tween 80® (1%, 2%, 3%, 4% e 5%), DMSO (dimetilsulfóxido) (0,25%, 0,5%,1%,1,5% e 2%), HLB (balanço hidrofílico-lipofílico) 4,5 (2,5%, 5%), HLB 5,5 (2,5%, 5%) , HLB 6,5 (2,5%, 5%), HLB 7,5 (2,5%, 5%), Tween 80® + Span 80® (2,5%, 5%), Metanol (5%, 10%), Etanol (5%, 10%), Acetona (5%, 10%) na inibição do agente etiológico C. gloeosporioides. Esses solventes e surfactantes atuam solubilizando óleos essenciais e novas moléculas triazólicas, e não devem proporcionar nenhuma ação inibitória, a fim de isolar o efeito dos produtos solubilizados. Nos testes com solventes e surfactantes, apenas o Tween 80® foi estatisticamente igual à testemunha composta por meio de cultura BDA, com inibição média de 0,2% do crescimento micelial de C. gloeosporioides. Utilizou-se as concentrações de 1%; 2%; 3%; 4% e 5%, enquanto os demais tratamentos proporcionaram atividade inibitória do crescimento micelial superior a 10%. No capítulo 2 são apresentados os estudos sobre a eficiência in vivo dos triazóis T16 e T17. Esses foram avaliados in vitro, anteriormente, e solubilizados com as concentrações dos solventes recomendadas no capítulo 1. Foi avaliada diariamente a severidade da doença e determinada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Os frutos tratados com T16 proporcionaram valor de AACPD igual ao controle positivo Magnate®, enquanto que o T17 igualou-se à testemunha não tratada. Porém, nos frutos tratados com T17 a doença iniciou-se aos 4,28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAAT), enquanto que o T16 aos 3,52 DAAT. Pode-se recomendar a utilização de ambos os tratamentos, devido ao T17 proporcionar maior período de pós-colheita e o T16 reduzir a severidade da doença nos frutos. No capítulo 3, avaliou-se a porcentagem de inibição da germinação de esporos (PIG) de Asperisporium caricae por óleos essenciais (OE) de tomilho, cravo, canela, orégano, e os componentes majoritários eugenol e carvacrol, a 1000 μg/L. Os tratamentos OE cravo, OE canela, OE orégano, eugenol e carvacrol inibiram mais de 95% da germinação dos esporos, e foram submetidos a um novo teste com as concentrações de 250, 500, 1000, 1500, 2000 μg/L. O óleo essencial de orégano e seu componente majoritário carvacrol inibiram em 50% (DE50) e 100% (DE100) a germinação de esporos de A. caricae, nas concentrações de 257,29 μg/L; 789,41 μg/L (OE orégano) e 166,76 μg/L; 690,74 μg/L (carvacrol), podendo ser recomendados para o controle do agente etiológico da pinta-preta do mamoeiro. Os valores de DE50 e DE100 dos demais tratamentos foram superiores aos encontrados para OE orégano e carvacrol. A utilização de outros métodos de controle de doença do mamoeiro pode ser uma alternativa para a redução da utilização de agroquímicos e opção para redução dos custos de produção.