dc.description.abstract | Essa dissertação tem como objetivo analisar como os coletivos de
auto-organização de mulheres do MST no Espírito Santo, contribuem para uma maior inserção feminina nos espaços sociais e políticos do próprio Movimento e para o avanço na questão de gênero e na superação da divisão sexual do trabalho. Temos, então, como objeto de análise, dois coletivos auto-organizados em torno da construção de duas agroindústrias em dois assentamentos diferentes: Camponesas do Assentamento Vale da Esperança, e As Camponesas, do Assentamento Florestan Fernandes. Para tanto, usamos como referencial teórico a Teoria Marxista da Dependência, que nos permite compreender a forma como a América Latina, e em específico o Brasil, se insere na divisão internacional do trabalho e como ocorre a transferência de valor das economias periféricas para as centrais, sendo a superexploração da força de trabalho a única forma das economias periféricas se desenvolverem. Assim, partindo desse referencial, buscamos
compreender também como as relações de gênero e a divisão sexual do
trabalho, enquanto funcionais ao capital, são vivenciadas por essas mulheres e o papel da auto-organização das mulheres do MST na tentativade mudança dessa realidade. Para tanto, utilizamos como o grupo focal como técnica de coleta de dados e a análise de conteúdo como técnica de análise de dados. As categorias teóricas que guiaram a nossa pesquisa e a nossa análise foram Dependência e Questão Agrária, Relações de Gênero e Divisão Sexual do Trabalho. | |