dc.description.abstract | Introdução: A média de permanência hospitalar é um indicador importante para avaliar a eficiência, eficácia e efetividade dos serviços, embasando o planejamento e a gestão em saúde. Entre as doenças crônicas não transmissíveis, as doenças cardiovasculares são as principais causas de internações e geram o maior custo nesse componente do sistema de saúde nacional. Além disso, a crescente complexidade de pacientes encaminhados à cirurgia cardíaca exige maior eficiência dos serviços que prestam assistência, no sentido de manter a mesma qualidade. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca; verificar a distribuição do tempo médio de internação hospitalar segundo as características sociodemográficas e clínicas; examinar a associação entre o tempo médio de internação hospitalar e as variáveis sociodemográficas e clínicas de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca; elaborar um checklist pré-operatório para a internação do paciente de cirurgia cardíaca em um Hospital Universitário. Metodologia: Estudo epidemiológico do tipo transversal, retrospectivo a partir da análise de dados secundários de indivíduos que realizaram cirurgias cardíacas em um hospital universitário, na região Sudeste do Brasil. Os dados foram coletados dos prontuários de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, do banco de registros da equipe de cirurgia cardíaca, registros do centro cirúrgico e do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários, no período de maio a setembro de 2017. Resultados: Foram avaliados prontuários de 200 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca entre agosto de 2015 a abril de 2017, destes a maior parte era do sexo masculino, maiores de 60 anos, pardos. Hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e diabetes mellitus foram as comorbidades mais prevalentes. O tempo médio de internação total foi de 23 dias. Foi identificado maior mediana de tempo de internação hospitalar nos pacientes com idade de 60 anos ou mais, sexo masculino, com comorbidades prévias em especial a insuficiência renal crônica, bem como o tabagismo, procedimento clínico na internação, ter sido internado previamente na Unidade de Terapia Intensiva e suspensão cirúrgica. Além disso, a internação foi mais prolongada nos indivíduos que apresentaram complicações no pós-operatório como eventos neurológicos, arritmias cardíacas, insuficiência renal aguda, complicações pulmonares e infecção hospitalar. Produto: Foi elaborado um checklist pré-operatório para internação do paciente de cirurgia cardíaca na instituição. Conclusão: Este estudo reafirma a importância do conhecimento do perfil de pacientes que realizaram cirurgia cardíaca na instituição para contribuir na intensificação de ações educativas e de prevenção a saúde subsidiando estratégias para adesão ao tratamento e controle das complicações. Faz-se necessária uma mudança de paradigma para que seja valorizada as ações pré-operatórias de preparação do paciente com intuito de minimizar o tempo e o custo dele durante sua trajetória de internação na instituição. | |