Tesis
A invenção da praia e a produção do espaço: dinâmicas de uso e ocupação do litoral do ES.
Fecha
2009-09-22Registro en:
RAMOS, D. R., A invenção da praia e a produção do espaço:
dinâmicas de uso e ocupação do litoral do ES.
Autor
ESTEVES JUNIOR, M.
MENDONCA, E. M. S.
DANTAS, E. W. C.
Institución
Resumen
Este estudo se propõe a analisar as formas de uso e ocupação impostas pelo homem aos espaços praiais. As sociedades ocidentais desenvolveram seus imaginários em relação ao mar e as praias de maneira distinta embora num determinado período da história a moda dos banhos de mar surgida na Europa tenha, por sua hegemonia, suprimido outros símbolos e códigos e se tornado a norma vigente. De norte a sul, de leste a oeste, onde há praia e temperatura minimamente agradável, o imaginário ocidental nascido a partir do século XVIII difunde-se e alastra-se, devendo muito ao desenvolvimento do capitalismo, as redes midiáticas e ao fenômeno do turismo, tornando as práticas à beira-mar pasteurizadas e previsíveis, mesmo para populações e viajantes de lados extremos do mundo. Conjunto ao desejo da vilegiatura marítima, nasce a arquitetura do mar e o processo de urbanização das orlas. Tal fenômeno, concomitante ao inchaço populacional mundial e cooptado pela lógica do capital imobiliário e turístico, fez com que grande parte das praias se tornasse palco de uma predatória forma de uso e ocupação, causando ao litoral inúmeros impactos, e tornando a situação no mínimo paradoxal. A paisagem que atrai, para o consumo, só está apta para ele após uma significativa modificação, para não dizer destruição. Sendo assim, a produção dos espaços praiais deve ser motivo de reflexão para que se possa fornecer insumos a novas formas de pensar e viver o litoral.
Palavras-chave: espaços praiais, uso e ocupação, produção do espaço.