dc.description.abstract | Esse trabalho buscou analisar a questão da educação feminina, destacando a trajetória da mulher na expansão de oportunidades educacionais e sociais da cidade de Vitória, através da profissionalização do magistério representado pela Escola Normal, verificando as mutações ideológicas e sociais processadas no modelo educacional brasileiro e a relação mulher/educação/magistério, na primeira metade do século XX.. Nessa abordagem situamos as relações de gênero num processo de construção sócio-histórica, enfocando essa relação num quadro de representações e valores tradicionais que permaneceram presentes na sociedade brasileira ao longo do processo do desenvolvimento nacional. Na perspectiva dessas questões enfocamos a educação na sociedade brasileira partindo da conjuntura e do ideário colonial, seguido pelo período monárquico, situando a relação mulher/educação e a busca pela visibilidade feminina no processo de mudanças que se processaram até a República. Abordamos a educação republicana num quadro de mudanças entre o conservadorismo e o ideal nacionalista, positivista e a luta pela alfabetização. As Escolas Normais, seu ideário, sua função e a formação das professoras configuram as referências maiores nessa analise, onde situamos o magistério enquanto identidade profissional feminina construída no século XX. Os entrelaçamentos entre a igreja e a família enquanto agentes disciplinadores e controladores da conduta feminina vão direcionar a mulher para uma condição de esposa e mãe, criando as bases para a profissão de professora. Nesse quadro traçamos considerações sobre a visão da normalista no contexto da sociedade capixaba, sua formação na Escola Norma de Vitória e as possibilidades do salto qualitativo do lar para o status de professora.
Palavras Chaves: Educação, Sociedade, Gênero, Mulher, Profissionalização | |