Tesis
Criatividade em Crianças Com Dificuldade de Aprendizagem: Avaliação e Intervenção Através de Procedimentos Tradicional e Assistido
Fecha
2004-03-05Registro en:
DIAS, T. L., Criatividade em Crianças Com Dificuldade de Aprendizagem: Avaliação e Intervenção Através de Procedimentos Tradicional e Assistido
Autor
ENUMO, S. R. F.
LINHARES, M. B. M.
PRIMI, R.
SOUZA, L.
MENANDRO, P. R. M.
Institución
Resumen
Há baixas expectativas de desempenho cognitivo e criativo em alunos com dificuldade de aprendizagem (DA), situação esta agravada pelos problemas de definição e avaliação dessas áreas. Visando a contribuir para mudanças nessas expectativas e para o estudo das relações entre essas áreas, analisou-se a contribuição de duas abordagens de avaliação cognitiva tradicional e assistida para o estudo da criatividade em 34 alunos (8 12 anos), frequentando a 2ª e 3ª série do Ensino Fundamental, de uma escola pública de Vitória/ES, com indicação de DA pelo desempenho inferior no Teste de Desempenho Escolar (TDE). Os alunos foram divididos em grupo controle (GC) e experimental (GE), este submetido a um programa de promoção da criatividade (25 sessões, por 3 meses), abordando as áreas verbal e figurativa. No pré e pós-teste, aplicaram-se provas: a) tradicional acadêmica (TDE), cognitivas (WISC e Matrizes Progressivas Coloridas de Raven) e de criatividade (Testes Torrance de Pensamento Criativo); e b) assistida Jogo de Perguntas de Busca de Figuras Diversas (PBFD), com fases sem ajuda, de assistência, manutenção e transferência, que investiga estratégias para elaboração de perguntas de busca e fornece um perfil de desempenho (alto-escore, ganhador, não-mantenedor, transferidor e não-transferidor). O TDE foi reaplicado como segmento 3 meses após o pós-teste. Na avaliação tradicional, inicialmente, os grupos não se diferenciaram no WISC (QI médio: 92) porém, no pós-teste, tiveram aumento intragrupo significativo no QI-Total (98) e QI-Execução (95); no Raven, os grupos apresentaram inicialmente diferenças significativas, favorável ao GC (66; GE: 47), que deixou de existir no pós-teste (GC:68; GE: 60); no Torrance, no pós-teste, GE aumentou significativamente as médias em fluência verbal (pré: 15.4; pós: 21.4) e flexibilidade verbal (pré: 8.5; pós: 11.1), enquanto GC aumentou em flexibilidade verbal (pré: 7.7; pós: 10.1). Na avaliação assistida, entre o pré e o pós-teste, houve aumento do perfil alto-escore em ambos os grupos, sendo maior no GE (de 1 para 8; GC: de 6 para 10); também aumentou o perfil transferidor no GE (de 10 para 16), enquanto no GC manteve-se igual (16). As diferenças significativas entre os grupos comprovaram o efeito positivo do programa de promoção da criatividade e a adequação dessas abordagens na avaliação e intervenção nas áreas cognitiva e da criatividade dos alunos estudados.
PALAVRAS-CHAVE: Criatividade Dificuldade de Aprendizagem Avaliação Tradicional Avaliação Assistida.