Dissertação de mestrado
Fatores de saúde mental relacionados à qualidade de vida de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida e portadores do vírus da imunodeficiência humana
Fecha
2009-11-25Registro en:
GEOCZE, Luciana. Fatores de saúde mental relacionados à qualidade de vida de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida e portadores do vírus da imunodeficiência humana. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.
Retido-009.pdf
Autor
Geocze, Luciana [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introdução: Com o advento da terapia anti-retroviral (TARV) houve um aumento significativo do tempo de vida e da necessidade de maior qualidade de vida (QV) para o paciente com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Objetivo: Avaliar a influência de características clínicas, sintomas psiquiátricos, uso de estratégias de enfrentamento, adesão terapêutica e expectativa de auto-eficácia para seguir a TARV, sobre QV do paciente portador de HIV em uso da TARV. Método: em um primeiro momento foi realizado um estudo de revisão sistemática sobre a relação da QV do paciente com HIV e a adesão terapêutica ao anti-retroviral; em um segundo momento foi desenvolvido um estudo de corte transversal, com amostra randomizada de 200 pacientes do Central de distribuição de medicamentos da UNIFESP (CCDI) que responderam ao Hospital Anxiety and Depression Scale, ao WHOQOLHIV, ao Inventário de Estratégias de Enfrentamento e à Escala de Auto-Eficácia para Adesão ao Tratamento Anti-Retroviral. Resultados: doze artigos foram revisados, mostrando que os estudos descritivos apontam a associação entre maior adesão terapêutica e maior QV, porém os ensaios clínicos não confirmam este dado. A pesquisa mostrou que, controlados para tempo de diagnostico de HIV, contagem de CD4+ e escore de sintomas depressivos, a diminuição dos domínios de QV foram preditas por estratégias de enfrentamento focadas na emoção e auto-eficácia prejudicada por experiências negativas com a medicação e com situação que exija planejamento. Conclusão: A identificação dos fatores preditores de maior QV podem ajudar o infectologista a lidar melhor com as dificuldades apresentadas por seus pacientes. O manejo terapêutico, primordialmente multiprofissional, deve incluir a abordagem emocional do paciente.