Tesis
Custo Direto Médico-Hospitalar da recaída em esquizofrenia em três serviços na cidade de São Paulo no ano de 2006
Fecha
2009-11-26Registro en:
DALTIO, Claudiane Salles. Custo Direto Médico-Hospitalar da recaída em esquizofrenia em três serviços na cidade de São Paulo no ano de 2006. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.
Publico-00246.pdf
Autor
Daltio, Claudiane Salles
Institución
Resumen
Aims: Significant cost is associated with schizophrenia and relapses are one significant cost element. Objective: Assess the direct medical costs associated with schizophrenia relapses at three mental health services in the city of São Paulo: a public state hospital (HP); a hospital affiliated with the Brazilian Unified Healthcare System -SUS (HCC); a Community Psychosocial Service Center (CAPS). Methods: We reviewed the charts of 90 patients with schizophrenia who had been i n services in 2006. We evaluated the r esources used dur ing the time these patients were in services. Results: The Mean Direct Medical Cost of schizophrenia relapses was, per patient, R{dollar} 8.167,58 i n HP; R{dollar} 4.605,46 at the CAPS and R{dollar} 2.397,74 in HCC ( R{dollar} 2 / 1 US{dollar}). The most significant component in all cases was the daily rate. The cost of medication differed depending on whether typical or atypical antipsychotics were used. CAPS making more use of atypical drugs. Conclusion: The costs associated with schizophrenia relapses justify investments in antipsychotic drugs and strategies to reduce the need for mental health services, especially hospitals. The cost associated with treating patients in a CAPS is intermediate and has the added benefit of not depriving patients from their family life. A esquizofrenia apresenta elevado custo de doença e a recaída é um dos seus aspectos mais importantes. OBJETIVO: Avaliar o Custo Direto Médico- Hospitalar da recaída em esquizofrenia, em três diferentes serviços de admissão em saúde mental na cidade de São Paulo utilizados por pacientes quando da reagudização da doença: a) um hospital público estadual (HP); b) um hospital contratado conveniado com o SUS (HCC); e c) um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). METODOLOGIA: Foram revisados 90 prontuários de pacientes portadores de esquizofrenia atendidos durante o ano de 2006 em internação hospitalar ou atendimento intensivo no CAPS. Foram levantados e valorados os recursos utilizados durante a permanência nos serviços: medicação, exames e diárias – onde foram incluídos os custos com recursos humanos. RESULTADOS: o Custo Direto Médico-Hospitalar médio da recaída em esquizofrenia, por paciente foi de R{dollar} 8.167,58 no HP; R{dollar} 4.605,46 no CAPS e de R{dollar} 2.397,74 no HCC sendo o principal componente, o custo com diárias, a maior delas no HP. O custo com medicação diferiu quanto à utilização de antipsicóticos típicos ou atípicos, sendo os típicos mais utilizados no HCC e os atípicos no CAPS. Nos três serviços poucos exames complementares foram realizados. CONCLUSÃO: O investimento em medicações antipsicóticas e em estratégias que diminuam a recaída e a necessidade de diárias nos serviços, especialmente hospitalares, são justificáveis pela proporção dos custos que estas representam. O maior custo ocorreu no HP e o menor custo no HCC. Tratar a recaída no CAPS apresentou um custo intermediário com o benefício de não privar o paciente do convívio familiar, usando medicação com menor potencial de efeitos adversos e com impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes.