Artículos de revistas
Patogênese das doenças tiroidianas autoimunes
Fecha
2009-02-01Registro en:
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 53, n. 1, p. 5-14, 2009.
0004-2730
S0004-27302009000100003.pdf
S0004-27302009000100003
10.1590/S0004-27302009000100003
WOS:000264063700003
Autor
Sgarbi, José Augusto
Maciel, Rui Monteiro de Barros
Institución
Resumen
Autoimmune thyroid disease (AITD) is the most common organ-specific autoimmune disorder affecting 2% to 5% of the population in Western countries. Clinical presentation varies from hyperthyroidism in Graves' Disease to hypothyroidism in Hashimoto's thyroiditis. While the exact etiology of thyroid autoimmunity is not known, interaction between genetic susceptibility and environmental factors appears to be of fundamental importance to initiate the process of thyroid autoimmunity. It has been postulated that 79% of the susceptibility to develop AITD is attributed to genetic factors, while environmental factors contribute to 21%. The identified AITD susceptibility genes include immune-modulating genes, such as the major histocompatibility complex (MHC), cytotoxic T lymphocyte antigen-4 (CTLA-4), CD40 molecule, and protein tyrosine phosphatase-22 (PTPN22), and thyroid-specific genes, including TSH receptor (TSHR) and thyroglobulin (TG). The exact nature of the role environmental factors play in AITD is still not well known, but the involvement of several factors such as iodine diet content, stress, drugs and infections has been reported. However, there is no clear evidence of causality and the mechanisms by which environmental factors trigger thyroid autoimmunity in genetically predisposed individuals remain not fully understood. Knowledge of the precise mechanisms of interaction between environmental factors and genes in inducing thyroid autoimmunity could result in the development of new strategies for prevention and treatment. A doença tiroidiana autoimune (DAIT), que afeta de 2% a 5% da população ocidental, é o transtorno autoimune órgão-específico mais comum. Sua apresentação clínica varia do hipertiroidismo da doença de Graves (DG) ao hipotiroidismo associado à tiroidite de Hashimoto (TH). A exata etiologia da DAIT permanece desconhecida, mas a interação entre suscetibilidade genética e fatores ambientais desencadeadores parece ser de fundamental importância no seu desenvolvimento. Postula-se que fatores genéticos responderiam por 79% da suscetibilidade à DAIT e os ambientais por 21%. Genes imunomoduladores, como o complexo maior de histocompatibilidade (MHC), antígeno-4 associado ao linfócito T citotóxico (CTLA-4), a molécula CD40 e a proteína tirosina fosfatase-22 (PTPN22) e os genes específicos da glândula tiróide, como receptor do TSH (TSHR) e tiroglobulina (TG) têm sido identificados. A natureza exata do envolvimento do meio ambiente no desenvolvimento da DAIT não é bem conhecida, mas vários fatores ambientais têm sido envolvidos, como o conteúdo de iodo na dieta, estresse, drogas e infecções. Entretanto, não há evidência clara de causalidade e os mecanismos pelos quais fatores ambientais desencadeariam a autoimunidade tiroidiana, em indivíduos geneticamente predispostos, ainda permanecem não completamente entendidos. O conhecimento dos mecanismos precisos de interação entre fatores ambientais e genes na indução da autoimunidade tiroidiana poderia resultar desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e tratamento.