Artigo
Influência da ingestão de sardinha nos níveis de ácidos graxos poliinsaturados da série ômega3 no leite materno
Fecha
2006-02-01Registro en:
Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 82, n. 1, p. 63-69, 2006.
0021-7557
S0021-75572006000100013.pdf
S0021-75572006000100013
10.1590/S0021-75572006000100013
Autor
Patin, Rose Vega [UNIFESP]
Vítolo, Márcia R. [UNIFESP]
Valverde, Mara A. [UNIFESP]
Carvalho, Patrícia O.
Pastore, Gláucia M.
Lopez, Fábio Ancona [UNIFESP]
Institución
Resumen
OBJECTIVES: The purpose of this study was to investigate what effect the intake of sardines, rich in omega-3 series polyunsaturated fatty acids, has on the composition of breastmilk. METHODS: This was a prospective study of 31 nursing mothers under observation at the Hospital Guilherme Álvaro. Each was given 2 kg of fresh sardines twice with a 15-day interval. Milk was sampled and a 24-hour dietary recall questionnaire was applied on days 0, 15 and 30. Milk was assayed for fatty acid content by gas chromatography. Statistical analysis of the results was performed using nonparametric tests with significance set at p < 0.05. RESULTS: The results demonstrate that the nutritional intake of the nursing mothers was adequate at all three sample points. With regard to the omega-3 series fatty acid content of the breastmilk, it was observed that regular consumption and shorter intervals between intake and milk collection resulted in higher concentrations of docosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid at 15 and 30 days into the study. Fatty acids from the omega-3 and omega-6 series exhibited a significant correlation, r² was 0.58 and 0.59 at 15 and 30 days, respectively. CONCLUSION: These results suggest that incorporating fish into the diets of nursing mother during lactation, in the form of 100 g of sardines two or three times a week, contributes to an increase in omega-3 series fatty acids. OBJETIVOS: A proposta deste trabalho foi verificar a influência da ingestão de sardinha, alimento rico em ácidos graxos poliinsaturados da série ômega3, na composição do leite materno. MÉTODOS: Estudo prospectivo avaliou 31 nutrizes acompanhadas no Hospital Guilherme Álvaro, as quais receberam 2 kg de sardinha fresca por duas vezes, em intervalos de 15 dias. Nos tempos 0, 15 e 30 dias, realizou-se inquérito alimentar de 24 horas e coleta de leite. Determinaram-se os ácidos graxos do leite materno por cromatografia a gás. Para análise estatística dos resultados, utilizaram-se testes não paramétricos, com nível de significância p < 0,05. RESULTADOS: Os resultados mostraram que o consumo alimentar das nutrizes estava adequado e apresentou-se constante durante os três momentos do estudo. Quanto aos ácidos graxos da série ômega3 no leite, verificou-se que o consumo regular e os menores intervalos entre coleta de leite e ingestão de sardinha determinaram maiores proporções de ácido docosapentaenóico e ácido docosahexaenóico após 15 e 30 dias do início do estudo. Os ácidos graxos da série ômega6 e ômega3 apresentaram correlação significante, r² = 0,58 e 0,59, respectivamente, nos tempos 15 e 30 dias. CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem que a ingestão de peixe incorporada ao hábito alimentar da nutriz durante a lactação, com o consumo de 100 g de sardinha, duas a três vezes por semana, contribui para o aumento dos ácidos graxos da série ômega3.