Artigo
Óbito fetal em microrregião de Minas Gerais: causas e fatores associados
Fecha
2003-03-01Registro en:
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 25, n. 2, p. 103-107, 2003.
0100-7203
S0100-72032003000200005.pdf
S0100-72032003000200005
10.1590/S0100-72032003000200005
Autor
Nurdan, Nestor [UNIFESP]
Mattar, Rosiane [UNIFESP]
Camano, Luiz [UNIFESP]
Institución
Resumen
PURPOSE: to study the causes and associated factors of fetal death. METHODS: epidemiological descriptive study, composed of 190 cases of fetal loss amongst 11,825 pregnant women that gave birth at the two only hospitals (Casa de Saúde Divino Espírito Santo and Hospital Nossa Senhora Auxiliadora) of Caratinga City, in the State of Minas Gerais, Brazil, in the period from January 1, 1995 to April 30, 2000. The variables were the number of pregnancies, the timing of the pregnant women at the time of hospitalization, the occurrence of fetal death in relation to delivery and the cause of fetal death. Since there were no comparative groups, tables, percentages and arithmetical means were applied, following the guidelines of the Course of Statistics, of the Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). RESULTS: among the 189 pregnant women with fetal death, 77 were primigravidal and 76 had already been pregnant 2 to 5 times. The gestational age in 113 women was from 20 to 37 weeks. In relation to parturition, the fetal loss occurred during the antepartum period in 164 of 190 dead fetuses. The most frequently noticed death causes were: abruptio placentae in 35 cases, fetal anomaly in 12 cases, and hypertension syndrome in 8 cases. Nervertheless, there was no explanation for the etiology of 117 cases of fetal death. CONCLUSION: stillbirth has frequently been observed among the primigravidae (40.74%), in preterm period (59.79%), and in the antepartum period (86.31%). Among fetal death causes, the most frequent was a abruptio placentae (18.42%), and in 61.57% of the cases the fetal death could not be explained. OBJETIVOS: estudar as causas e fatores associados ao óbito fetal. MÉTODOS: estudo epidemiológico descritivo, que incluiu 190 casos de perdas fetais entre 11.825 gestantes que parturiram nos dois únicos hospitais (Casa de Saúde Divino Espírito Santo e Hospital Nossa Senhora Auxiliadora) de Caratinga, MG, no período de 1º de janeiro de 1995 a 30 de abril de 2000. As variáveis investigadas foram: o número de gestações, a idade gestacional no momento da internação hospitalar, a época de ocorrência do decesso fetal em relação ao parto e a causa do óbito fetal. Não havendo grupo controle comparativo, utilizou-se estatística descritiva com tabelas, porcentagens e médias aritméticas. RESULTADOS: dentre as 189 gestantes com morte fetal, 77 eram primigestas e 76 tinham entre 2 e 5 gestações. A idade gestacional variou de 20 a 37 semanas. Em relação ao parto, a perda fetal ocorreu no período anteparto em 164 dos 190 casos. As causas mais freqüentes encontradas para a morte foram: DPP em 35, anomalia fetal em 12 e síndrome hipertensiva em 8 casos. Todavia, em 117 conceptos não foi possível esclarecer a etiologia do óbito. CONCLUSÕES: a morte fetal esteve presente notadamente nas primigestas (40,74%) internadas no pré-termo (59,79%), e ocorreram no período anteparto (86,31%). Dentre as causas de morte fetal, a mais encontradiça foi o DPP (18,42%) e em 61,57% dos casos ela não pôde ser determinada.